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Despedida

Obrigada a todas e todos por terem estado comigo até agora. Me perdoem qualquer coisa e um beijo enorme no coração de cada um. Eu gostaria de poder ter feito melhor em todo esse tempo, mas juro que o fiz foi de coração e tive um enorme prazer em estar aqui. Era uma escritora bastante amadora, mas me diverti demais e me senti abençoada com a companhia de cada um. Quem quiser me seguir no Wattpad, estou escrevendo outras histórias por lá >>>  AlineStechitti
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Cap 124 - Como se fosse a primeira vez

O entardecer estava fresco na praia. Roberta deitava a cabeça no colo de Diego enquanto ele olhava o horizonte. Nina estava brincando com a areia e nem os percebia. Era fácil para os três ficarem em transe quando estavam diante do oceano. "Você acredita que passou tanto tempo assim, Diego?" "É bem difícil de acreditar..." "Temos uma filha... E temos essas argolas nos dedos que dizem à sociedade que pertencemos um ao outro." Ela ri olhando a aliança. "Eu pertenço." Ele a olha de cima e Roberta se levanta. "Posso dar um beijo no meu marido?" Diego deixa aquele tipo de riso manso escapar quando ela encosta os lábios nos dele. O barulho do mar se mescla ao barulho das conchinhas que Nina recolhe e a todo momento deixa cair, despencando dos seus braços em uma cascata de cores marinhas. Os amigos os questionavam por terem levado a filha para a lua de mel, mas eles tinham sempre a mesma resposta: "Nós vivemos em lua de mel!&qu

Cap 123 - Os sonhos de Nina

Alguns dias depois... Diego está ajoelhado em frente a cama de Nina enquanto ela espera ele amarrar os cadarços de seu tênis. A menina brinca com o colar em seu pescoço. Alice a convenceu de deixar o pequeno anel ali para que não o perdesse. "Lembra-se do que prometeu?" "Aham..." "Então repita para o papai." Nina coloca o dedinho no queixo e olha para cima tentando relembrar. "Hum... Nada de subir nas camas dos velhinhos do hospital?" "E mais o quê?" "Não sair pra pra comer gelatina com as enfermeiras?" "Isso mesmo. Se não eu vou ter que te colocar na coleira que nem fazemos com os cachorrinhos fujões... Toda hora você desaparece." "Então não devo fazer as coisas que o dindinho manda?" "O Tomás?" Diego se levanta e Nina ergue os braços para que ele a pegue no colo. Quando saem do quarto e descem as escadas, ela explica: "Ele manda eu ir brincar com as enfermeiras, depois aparece

Cap 122 - R, D & N

Quando passa pelo corredor, Nina vê várias pessoas sorrindo e acenando para ela. "Você tem fãs, está vendo?" Diego cochicha e seu ouvido. "Estão todos felizes por você estar com seu papais de novo." "Verdade?" "Verdade." Nina olha por cima dos ombros do pai enquanto ele caminha e então acena para as pessoas no corredor, sorrindo como nunca.  Quando entra no quarto, ainda no colo do pai, Nina vasculha tudo com os olhos e acha o lugar muito estranho, como o quarto do Seu Ângelo. A mãe está deitada, tem vários machucadinhos pelo corpo e longos fios saem dela, ligados em máquinas estranhas. Diego ergue a filha até próximo ao rosto adormecido de Roberta e Nina dá um beijinho na testa dela. “Atchim!!” Ao despertar e abrir os olhos, Roberta vislumbra um borrão que acha encantador e não contém o riso. Olhinhos muito assustados a miram perdidos e curiosos. “Desculpa, mamãe!” Nina funga e esfrega o nariz. “Oi, meu amorzinho.” Ela sorri e estica os b

Cap 121 - O encontro

Com licença..." Uma enfermeira jovem e baixinha vem até Diego com certa timidez. "Você é o pai da menininha que saiu fugindo da escola quando soube do acidente dos pais, não é?" "Como você...? Quer dizer, sim, é minha filha." "Todos aqui ficamos emocionados quando lemos a notícia no jornal. Estamos rezando para que vocês se reencontrem logo." Diego faz um aceno com a cabeça e sorri em agradecimento. Quando olha para trás vê várias pessoas conversando em torno da enfermeira. Pelo que parece, a história está se espalhando muito rápido. "Trouxe um café pra você." Pedro se senta ao lado dele e lhe entrega um copo de café preto tão quente que a fumaça sobe em pequenas ondas até o rosto de Diego. "Você não saiu daqui pra nada, precisa comer alguma coisa ou não vai parar de pé. A Roberta vai te encontrar só o osso." "Você fala como se tivesse tanta certeza." A voz dele é amarga. "E se ela não acordar?" Pedro não

Cap 120 - A árvore da vida

Leonardo fala de modo exaltado no celular quando a filha Márcia chega ao hospital. A garota tenta acalmar o pai, mas ele está muito agitado. Os dois vão até Diego e os demais e todos ficam atentos. "A Nina fugiu do colégio no meio da tempestade, acabaram de me ligar." "O que?" Diego dá um salto até o pai. "Cadê a minha filha?" "A família de uma antiga funcionária do colégio a encontrou e cuidou dela. Não sei como, mas a Nina descobriu sobre o acidente e parece que estava tentando vir até você e a Roberta." "E ela está bem?" A respiração de Diego está cada vez mais rápida. "Eu vou buscar ela." "Não, filho, eu vou. A Roberta deve acordar logo e vai precisar de você." "Pobrezinha..." Carla começa a chorar. "Sozinha nessas ruas no meio da tempestade." "A mascotinha é muito corajosa, mas essa tempestade poderia ter... sei lá..." Tomás não consegue completar o pensamento. É difícil seq

Cap 119 - Uma noite tristonha

Ao chegar ao quarto, Nina sente algo dentro de sua barriga se movimentar. Há um cheiro ruim ali, como uma mistura de remédios com produtos de limpeza e roupa usada. Quando adentra um pouco mais, encontra um senhor dormindo de lado em uma cama muito alta. Tem algumas manchinhas, como pintas, por toda a careca. Seu rosto é magro, claro e muito enrugado. “Ele está doente!” A menina, espantada e tristonha, se vira para a senhora ao seu lado. “Sim, criança, ele está. Meu marido estava no hospital, mas veio passar o Natal com a gente.” “Mas, dona Carmem, aqui nem parece que é Natal! Não tem nada!” “Tem sim.” A senhora se abaixa para ficar na mesma altura de Nina. “Não precisamos de muita coisa pra fazer o natal. Só de pessoas que nos amam, entende?” A chuva cai lá fora e a memória de Nina se volta ao medo, transformando seu semblante em algo tristonho outra vez. “Eu não vou mais voltar pra casa?” “Claro que vai.” A senhora observa o rosto choroso enquanto saem do quarto. “A sua prof