Ao chegar ao quarto, Nina sente algo dentro de sua barriga se movimentar. Há um cheiro ruim ali, como uma mistura de remédios com produtos de limpeza e roupa usada. Quando adentra um pouco mais, encontra um senhor dormindo de lado em uma cama muito alta. Tem algumas manchinhas, como pintas, por toda a careca. Seu rosto é magro, claro e muito enrugado.
“Ele está doente!” A menina, espantada e tristonha, se vira para a senhora ao seu lado.
“Sim, criança, ele está. Meu marido estava no hospital, mas veio passar o Natal com a gente.”
“Mas, dona Carmem, aqui nem parece que é Natal! Não tem nada!”
“Tem sim.” A senhora se abaixa para ficar na mesma altura de Nina. “Não precisamos de muita coisa pra fazer o natal. Só de pessoas que nos amam, entende?”
A chuva cai lá fora e a memória de Nina se volta ao medo, transformando seu semblante em algo tristonho outra vez.
“Eu não vou mais voltar pra casa?”
“Claro que vai.” A senhora observa o rosto choroso enquanto saem do quarto.
“A sua professora vai vir te buscar e logo você vai estar em casa. Deite no sofá um pouco.”
Carmem a leva de volta à sala.
“Não.” Nina se desespera. “Tenho que achar o papai. A mamãe tá me esperando.”
“Calma, crainça. Não tem como sair nessa chuva. Vem, vamos tirar esse uniforme. Você se enrola no cobertor e deixa a roupinha secando na cadeira.”
A idosa retira a roupa de Nina, enrolando-a em um felpudo e delicioso cobertor. A menina enrola bem os pés e as mãos, formando um pequenino casulo. Sente apenas o colar da mãe balançar gelado sobre o peito. Mesmo no conforto e no calor daquele sofá, ela não consegue dormir. Seus olhinhos arregalados vão e voltam de cada objeto ao seu redor. Há fotos de todos os quatro moradores da casa espalhadas em quadros pequenos na parede: o senhor doente, a senhora de macacão sujo, o homem barbudo e o rapaz magrelo e simpático. Todos rindo em cima de caminhões, na praia e em festas de aniversário.
Está distraída quando ouve o senhor que está deitado na cama do quarto escuro começar a tossir. Carmem vai até ele e tenta acalmá-lo, mas rapidamente chama o neto.
“Pedrinho!” Ela grita, desesperada. “Pedrinho, é o seu avô!” O rapaz passa correndo diante de Nina e entra no quarto. Logo atrás dele vem o homem barbudo, que fica na porta com o semblante preocupado. Não demora muito até a tosse do idoso passar e todos se acalmarem.
Nina observa por um tempo enquanto ouve o barulho da chuva no telhado e as vozes vindas do corredor ao lado. A conversa se torna cada vez mais baixa. Antes que possa pensar em qualquer coisa, o sono a rouba. Um sono bonito e confuso.
Quando um estalo de trovão faz a luz faltar, Lúcio e Carmem passam falando alto pela sala, o que faz com que Nina desperte. A conversa deles é confusa e a idosa parece estar chorando.
Nina se levanta e tudo à sua volta é escuridão. Há uma vela acesa no corredor ao lado, mas não é o suficiente para tornar tudo menos assustador.
“Dona Carmem!” Ela chama, mas, como não obtém resposta, resolve se levantar. Vai com os pés descalços, coçando a barriga descoberta, até o corredor e vê o homem barbudo reclamando de algo. O rapaz é quem tenta acalmá-lo.
“Não tem o que fazer! Temos que esperar a chuva passar!”
O homem desiste, vai até o sofá em que Nina estava e se senta com os ombros baixos. Está exausto e triste.
“Se a gente pudesse ter feito alguma coisa.”
O filho se aproxima do pai, senta-se ao lado dele e ambos ficam nas mesmas posições. Ambos cansados, ambos tristes.
“Não havia o que fazer, pai.” Carmem chega atrás de Nina e quase tropeça nela. Está chorando muito. Ela se senta no sofá ao lado do neto e o abraça, soluçando. Nina sente um aperto no peito, pega a vela acesa no corredor e caminha devagar e cautelosa até eles, colocando a pequena fonte de luz amarela sobre a mesinha de centro.
“Dona Carmem?” O rosto molhado se vira para ela. O rapaz e o homem barbudo também a olham. Todos parecem ter se esquecido por um segundo de que ela ainda estava ali. “Eu tive um sonho.”
A senhora engole o choro e sorri para ela, abrindo os braços para que Nina se aproxime.
“Venha, querida.” A menina senta em seu colo e a idosa sente como se segurasse um pequenino pássaro, leve e macio. “Pobrezinha, nem coloquei as roupas em você ainda.”
“Ele está doente!” A menina, espantada e tristonha, se vira para a senhora ao seu lado.
“Sim, criança, ele está. Meu marido estava no hospital, mas veio passar o Natal com a gente.”
“Mas, dona Carmem, aqui nem parece que é Natal! Não tem nada!”
“Tem sim.” A senhora se abaixa para ficar na mesma altura de Nina. “Não precisamos de muita coisa pra fazer o natal. Só de pessoas que nos amam, entende?”
A chuva cai lá fora e a memória de Nina se volta ao medo, transformando seu semblante em algo tristonho outra vez.
“Eu não vou mais voltar pra casa?”
“Claro que vai.” A senhora observa o rosto choroso enquanto saem do quarto.
“A sua professora vai vir te buscar e logo você vai estar em casa. Deite no sofá um pouco.”
Carmem a leva de volta à sala.
“Não.” Nina se desespera. “Tenho que achar o papai. A mamãe tá me esperando.”
“Calma, crainça. Não tem como sair nessa chuva. Vem, vamos tirar esse uniforme. Você se enrola no cobertor e deixa a roupinha secando na cadeira.”
A idosa retira a roupa de Nina, enrolando-a em um felpudo e delicioso cobertor. A menina enrola bem os pés e as mãos, formando um pequenino casulo. Sente apenas o colar da mãe balançar gelado sobre o peito. Mesmo no conforto e no calor daquele sofá, ela não consegue dormir. Seus olhinhos arregalados vão e voltam de cada objeto ao seu redor. Há fotos de todos os quatro moradores da casa espalhadas em quadros pequenos na parede: o senhor doente, a senhora de macacão sujo, o homem barbudo e o rapaz magrelo e simpático. Todos rindo em cima de caminhões, na praia e em festas de aniversário.
Está distraída quando ouve o senhor que está deitado na cama do quarto escuro começar a tossir. Carmem vai até ele e tenta acalmá-lo, mas rapidamente chama o neto.
“Pedrinho!” Ela grita, desesperada. “Pedrinho, é o seu avô!” O rapaz passa correndo diante de Nina e entra no quarto. Logo atrás dele vem o homem barbudo, que fica na porta com o semblante preocupado. Não demora muito até a tosse do idoso passar e todos se acalmarem.
Nina observa por um tempo enquanto ouve o barulho da chuva no telhado e as vozes vindas do corredor ao lado. A conversa se torna cada vez mais baixa. Antes que possa pensar em qualquer coisa, o sono a rouba. Um sono bonito e confuso.
Quando um estalo de trovão faz a luz faltar, Lúcio e Carmem passam falando alto pela sala, o que faz com que Nina desperte. A conversa deles é confusa e a idosa parece estar chorando.
Nina se levanta e tudo à sua volta é escuridão. Há uma vela acesa no corredor ao lado, mas não é o suficiente para tornar tudo menos assustador.
“Dona Carmem!” Ela chama, mas, como não obtém resposta, resolve se levantar. Vai com os pés descalços, coçando a barriga descoberta, até o corredor e vê o homem barbudo reclamando de algo. O rapaz é quem tenta acalmá-lo.
“Não tem o que fazer! Temos que esperar a chuva passar!”
O homem desiste, vai até o sofá em que Nina estava e se senta com os ombros baixos. Está exausto e triste.
“Se a gente pudesse ter feito alguma coisa.”
O filho se aproxima do pai, senta-se ao lado dele e ambos ficam nas mesmas posições. Ambos cansados, ambos tristes.
“Não havia o que fazer, pai.” Carmem chega atrás de Nina e quase tropeça nela. Está chorando muito. Ela se senta no sofá ao lado do neto e o abraça, soluçando. Nina sente um aperto no peito, pega a vela acesa no corredor e caminha devagar e cautelosa até eles, colocando a pequena fonte de luz amarela sobre a mesinha de centro.
“Dona Carmem?” O rosto molhado se vira para ela. O rapaz e o homem barbudo também a olham. Todos parecem ter se esquecido por um segundo de que ela ainda estava ali. “Eu tive um sonho.”
A senhora engole o choro e sorri para ela, abrindo os braços para que Nina se aproxime.
“Venha, querida.” A menina senta em seu colo e a idosa sente como se segurasse um pequenino pássaro, leve e macio. “Pobrezinha, nem coloquei as roupas em você ainda.”
“A senhora estava de maiô no meu sonho, sabia?”
“Verdade?” As lágrimas da senhora deixam Nina com vontade de chorar também. “Estava fazendo sol?”
“Estava.” Nina prossegue. “O Seu Ângelo estava lá também.”
“O meu pai?” O homem barbudo olha para ela com curiosidade pela primeira vez e todos, de repente, ficam atentos.
“É!” Nina continua. “Estavam brincando na praia igual os meus pais fazem. Se abraçando e rindo igual dois bobões! Só que não eram velhinhos como agora, pareciam com meu pai e com a minha mãe.”
“Você sonhou comigo e com meu marido? Como sabe que éramos nós?”
“Porque ele me disse.” Ela coça o olho e boceja, deitando a cabeça no ombro de Carmem.
“Depois sonhei com a senhora e ele do lado de um bebê. Quem era o bebê?”
“Eu!” O barbudo olha para ela como se a menina devesse saber disso.
“Você já foi bebê?!” O queixo dela cai.
O homem sorri um pouco e é a primeira vez que Nina o olha sem sentir medo.
“Com que mais você sonhou?” Dona Carmem fica ansiosa por saber. Seu rosto já não está tão choroso, apesar de que seu nariz não para de escorrer.
“Sonhei com você, o Seu Ângelo e o bebê indo morar em uma casa novinha, novinha, grandona, grandona. O quarto do bebê era todo verde, cheio de desenhos de ursinho. O meu também tem desenhos de ursinho...”
“Como ela pode ter sonhado com o vovô?” O neto dispara. “Isso é maluquice! E isso do quarto é verdade?”
“É verdade.” Carmem volta a chorar ainda mais. Não consegue se conter.
Pai e filho se olham e não sabem o que dizer, só desejam ouvir mais sobre o sonho de Nina. A menina continua contando para eles as lembranças de seus sonhos. Coisas que realmente aconteceram na vida deles, muitas das quais nem os mesmos se lembram muito. Nina não erra os detalhes e os três começam a pensar que com certeza algo extraordinário aconteceu enquanto ela dormia.
“Ei, vó!” Pedrinho a chama. “O vô adorava sacanear o pai por causa de futebol, a senhora lembra?” O rapaz ri.
“Ele me levou no estádio na copa do mundo quando o Brasil tomou aquela goleada.” Lúcio se recorda, rindo. “O velho falou até babar da vergonha que era aquilo, mas depois a gente voltou pra casa e foi ver as gravações das copas passadas. Gritava no meu ouvido que aquilo sim era futebol.”
“Não era apenas com o futebol, ele adorava as coisas de quando era rapaz.” Dona Carmem se recorda com carinho. “Tem uma coleção de discos antigos e ainda ouvia eles depois de mais de vinte anos de casados. Nunca mudou os gostos.”
A chuva vai ficando mais fraca. Nina deixa de observar os adultos conversando e vai até a porta. Ao longe vê que a tempestade se tornou uma fina garoa. Olha para trás e todos estão distraídos, absorvidos pelas lembranças alegres. Ela vai devagar pelo corredor, pega o uniforme pendurado na cadeira e o veste com dificuldade. Não se lembra de como a mãe faz para abotoar a saia e ajeitar a gola da camisa. Mas antes sair toda estranha do que sair só de calcinha na rua. Havia feito algo parecido uma vez durante a festa de aniversário da vovó Eva. A sala estava cheia de gente elegante e todo mundo ficou com uma cara muito engraçada quando a viu. Nina adorou correr pelada entre eles e até a mamãe estava rindo, mas a vovó a fez prometer que não voltaria a fazer algo assim. A menina tem ainda mais dificuldade em enfiar os pés no tênis ainda molhado e sente um arrepio subir pelas pernas enquanto caminha rápido para o portão com eles fazendo “nhec” a cada passo. Ninguém percebe que ela sai para continuar sua busca.
***
Diego recebe alta e se recusa a sair do corredor à espera de notícias de Roberta. Leonardo não sai do telefone, mas o filho não percebe. Sua mente o está matando. É desesperador não poder fazer nada, não poder sequer estar ao lado dela enquanto os médicos estão tentando salvá-la. Sua barriga ronca, mas ele não ouve, sua boca está seca, mas beber água nem passa por sua cabeça. Diego está a puro nervos. Pés inquietos, mãos que entram e saem dos bolsos e olhos secos como pedras. Gostaria de chorar, de rezar, de sair brigando com todas as pessoas do mundo, mas sequer consegue falar ou dar mais do que dois passos. Se sente desarmado e completamente vazio...
"Ei! Diego!" Ele ouve ao longe uma voz de garota. "Ele está lá, gente! Venha!"
Quando Carla entra em seu campo de visão, Diego a abraça automaticamente. Logo vê o rosto de Alice coberto de lágrimas se aproximar e ela também o abraça.
"Eu não acredito, Diego." Ela soluça. "O que vamos fazer?"
"Vai dar tudo certo." Pedro intervém para acalmá-los.
“Verdade?” As lágrimas da senhora deixam Nina com vontade de chorar também. “Estava fazendo sol?”
“Estava.” Nina prossegue. “O Seu Ângelo estava lá também.”
“O meu pai?” O homem barbudo olha para ela com curiosidade pela primeira vez e todos, de repente, ficam atentos.
“É!” Nina continua. “Estavam brincando na praia igual os meus pais fazem. Se abraçando e rindo igual dois bobões! Só que não eram velhinhos como agora, pareciam com meu pai e com a minha mãe.”
“Você sonhou comigo e com meu marido? Como sabe que éramos nós?”
“Porque ele me disse.” Ela coça o olho e boceja, deitando a cabeça no ombro de Carmem.
“Depois sonhei com a senhora e ele do lado de um bebê. Quem era o bebê?”
“Eu!” O barbudo olha para ela como se a menina devesse saber disso.
“Você já foi bebê?!” O queixo dela cai.
O homem sorri um pouco e é a primeira vez que Nina o olha sem sentir medo.
“Com que mais você sonhou?” Dona Carmem fica ansiosa por saber. Seu rosto já não está tão choroso, apesar de que seu nariz não para de escorrer.
“Sonhei com você, o Seu Ângelo e o bebê indo morar em uma casa novinha, novinha, grandona, grandona. O quarto do bebê era todo verde, cheio de desenhos de ursinho. O meu também tem desenhos de ursinho...”
“Como ela pode ter sonhado com o vovô?” O neto dispara. “Isso é maluquice! E isso do quarto é verdade?”
“É verdade.” Carmem volta a chorar ainda mais. Não consegue se conter.
Pai e filho se olham e não sabem o que dizer, só desejam ouvir mais sobre o sonho de Nina. A menina continua contando para eles as lembranças de seus sonhos. Coisas que realmente aconteceram na vida deles, muitas das quais nem os mesmos se lembram muito. Nina não erra os detalhes e os três começam a pensar que com certeza algo extraordinário aconteceu enquanto ela dormia.
“Ei, vó!” Pedrinho a chama. “O vô adorava sacanear o pai por causa de futebol, a senhora lembra?” O rapaz ri.
“Ele me levou no estádio na copa do mundo quando o Brasil tomou aquela goleada.” Lúcio se recorda, rindo. “O velho falou até babar da vergonha que era aquilo, mas depois a gente voltou pra casa e foi ver as gravações das copas passadas. Gritava no meu ouvido que aquilo sim era futebol.”
“Não era apenas com o futebol, ele adorava as coisas de quando era rapaz.” Dona Carmem se recorda com carinho. “Tem uma coleção de discos antigos e ainda ouvia eles depois de mais de vinte anos de casados. Nunca mudou os gostos.”
A chuva vai ficando mais fraca. Nina deixa de observar os adultos conversando e vai até a porta. Ao longe vê que a tempestade se tornou uma fina garoa. Olha para trás e todos estão distraídos, absorvidos pelas lembranças alegres. Ela vai devagar pelo corredor, pega o uniforme pendurado na cadeira e o veste com dificuldade. Não se lembra de como a mãe faz para abotoar a saia e ajeitar a gola da camisa. Mas antes sair toda estranha do que sair só de calcinha na rua. Havia feito algo parecido uma vez durante a festa de aniversário da vovó Eva. A sala estava cheia de gente elegante e todo mundo ficou com uma cara muito engraçada quando a viu. Nina adorou correr pelada entre eles e até a mamãe estava rindo, mas a vovó a fez prometer que não voltaria a fazer algo assim. A menina tem ainda mais dificuldade em enfiar os pés no tênis ainda molhado e sente um arrepio subir pelas pernas enquanto caminha rápido para o portão com eles fazendo “nhec” a cada passo. Ninguém percebe que ela sai para continuar sua busca.
***
Diego recebe alta e se recusa a sair do corredor à espera de notícias de Roberta. Leonardo não sai do telefone, mas o filho não percebe. Sua mente o está matando. É desesperador não poder fazer nada, não poder sequer estar ao lado dela enquanto os médicos estão tentando salvá-la. Sua barriga ronca, mas ele não ouve, sua boca está seca, mas beber água nem passa por sua cabeça. Diego está a puro nervos. Pés inquietos, mãos que entram e saem dos bolsos e olhos secos como pedras. Gostaria de chorar, de rezar, de sair brigando com todas as pessoas do mundo, mas sequer consegue falar ou dar mais do que dois passos. Se sente desarmado e completamente vazio...
"Ei! Diego!" Ele ouve ao longe uma voz de garota. "Ele está lá, gente! Venha!"
Quando Carla entra em seu campo de visão, Diego a abraça automaticamente. Logo vê o rosto de Alice coberto de lágrimas se aproximar e ela também o abraça.
"Eu não acredito, Diego." Ela soluça. "O que vamos fazer?"
"Vai dar tudo certo." Pedro intervém para acalmá-los.
Tomás está distante, com o rosto vermelho e exaltado. Quando vem abraçar Diego, faz de uma maneira rápida e inquieta.
"Isso não pode acontecer, cara. Não tá certo!"
"Não..." Ele concorda. "Não está."
E, de repente, ainda que não possa fazer nada, Diego se sente subitamente mais forte. Não que a presença dos amigos possa fazer com que Roberta se salve, mas algo dentro dele o ilude com isso.
"Isso não pode acontecer, cara. Não tá certo!"
"Não..." Ele concorda. "Não está."
E, de repente, ainda que não possa fazer nada, Diego se sente subitamente mais forte. Não que a presença dos amigos possa fazer com que Roberta se salve, mas algo dentro dele o ilude com isso.
(Estes capítulos contém partes do livro "Nina, um conto de Natal" que publiquei no clube de autores)
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