Os hóspedes do hotel os
observam entrar, passar cambaleantes e subir para o quarto. É uma cena incomum
para um lugar tão quieto, então é impossível não reparar nos dois bêbados se
escorando para não cair.
Quando já estão lá em
cima, a garota abre a porta e eles entram. Diego já vai caindo de costas na
cama. A mão apertando os olhos. O ambiente escuro logo ganha uma luz dourada quando Patrícia acende o abajur sobre o criado. Ela observa Diego deitado em
sua cama e sorri. Muitas vezes imaginou essa cena. Seria delicioso ter aquele
cara lindo só para ela essa noite, principalmente para depois poder acabar com
o que sobrava de Roberta. Para Patrícia, o que a garota merecia, era encontrar
alguém que a colocasse em seu lugar.
Depois de tirar o sapato
e o casaco, ela engatinha sobre a cama ao lado de Diego e não faz rodeios antes
de beijar seu pescoço.
-O que... que está
fazendo? –Diego abre os olhos assustado.
-Psiu... –Ela leva o
dedo aos lábios dele. –Deixa que eu cuido de você.
Aproveitando que ele
está com o olhar fixo em seu rosto, Patrícia se ergue e tira a blusa. Diego a
encara. Ela não está usando sutiã. Um breve silêncio se faz até que ele sorri.
-Você é a babá mais bonita
que eu já vi... mais bonita...
Ela se incha com o
elogio.
-É, mas nem sou babá de
verdade. –Ela se deita lentamente sobre o peito dele, sem parar as carícias.
-Leonel me disse... é...
disse. –Diego mostra dificuldades em ajeitar o pensamento. –Disse mesmo O QUE você
era, de verdade.
A garota se surpreende e
levanta o rosto.
-Ele disse?
Diego tem os olhos
caídos. Parece muito alto.
-É... Não quis te dizer
antes... Aliás... Bridget começou a chorar... é... ele a despediu também...
-O quê? Ele despediu
minha mãe?
Diego se cala e Patrícia
começa a falar sozinha, cheia de rancor.
-Não ficou satisfeito em
me enganar, dizendo que iria se casar comigo. Justo eu... que até aceitei viajar
com ele para o Brasil dando uma de espiã daquela nojentinha da neta dele.
-Hã?... –Diego pergunta,
confuso, como se viajasse enquanto ela fala.
-Nada. Nada não, querido...
–Ela faz um carinho em seu queixo. –Eu bem fui culpada, já que persegui a
Roberta naquele dia. –Ela começa, bem devagar, a puxar a camisa dele para cima.
Também está bêbada. –Queria que ela sofresse um acidente! Assim me vingava do pai
dela. Pena que Leonel não estava mais no país. Nem ficou sabendo.
Patrícia acaba de tirar
a camisa de Diego e desliza as mãos de cima a baixo pelo peito dele, mordendo
os lábios.
-Você deveria andar mais
sem camisa, sabia?
-Você também.
Patrícia ri.
-Você fica tão mais
agradável, bêbado... –Ela aproxima os lábios dos dele. –Se continuar assim eu vou acabar
me arrependendo de ter mandado minha mãe colocar aquela pirralha num orfanato.
-Bridget... sua mãe...
–Diego delira.
-Ai... –Patrícia começa
a se preocupar com o que diz. –Esquece o que eu estou dizendo. Acho que bebi
demais... Vamos aproveitar a noite, vamos?
-Vamos. –Ele começa a
abrir os olhos levemente e acaricia o rosto dela. –Você é tão linda. Como não...
não vi isso antes?
-Me faço a mesma
pergunta...
-Eu seria capaz de casar
com você... se trouxesse minha filha de volta...
-É uma promessa? –Ela passeia com o dedo indicador pelo rosto dele.
-Seria... se a Nina não
estivesse longe... longe... longe...
longe... –Ele indica o teto com a mão e Patrícia se diverte. Diego deve estar
muito mal mesmo.
-Não está longe, longe, longe meu
bem.
-Está sim, está... –Ele
franze o cenho, com expressão de dor. –Eu sinto que está muito, muito... muito
longe de mim... E meus sentimentos não me enganam nunca, nunca, nunca, nunca...
-Vai ter que rever seus
sentimentos... –Ela sussurra muito baixo enquanto beija o rosto dele. –Dom
Bosco está tão perto... tão pertinho... Deve dar pra ver aquele orfanato
asqueroso até daqui...
Tendo ouvido isso, Diego
arregala os olhos e se levanta bruscamente, como se sua energia tivesse sido
renovada.
-Diego? –Patrícia fica sem
reação ao observá-lo. Ele não diz nada, apenas caminha, um pouco cambaleante
para a janela, abrindo as cortinas. Como está muito escuro para ver, ele volta a fechá-las e segue para o banheiro. Lá, se
enfia de roupa e tudo debaixo da água gelada. Quando volta, alguns segundos
depois, como um trapo humano, seu olhar se cruza com o de Patrícia, que
continua no mesmo lugar, ainda intrigada. Ele a encara, depois pega a blusa dela no chão e joga
em cima da cama.
-Cubra-se.
-Diego, mas você não
estava...?
-Bêbado? –Ele diz com
voz menos molenga. –É, um pouco. Mas não tanto quanto você imaginava.
-O que?
Diego sorri de lado. Seu plano
havia dado certo.
-Acho que já fiquei
bêbado tantas vezes que não foi difícil simular. Aliás, aquelas bebidas de frutas
são o que você chama de forte? Tive que beber quase o bar todo pra COMEÇAR a ficar
grogue.
-Mas... –Patrícia está
chocada.
-Tá esperando o que pra
se vestir? –Diego a olha com desdém. –Pode tapar isso. Eu tenho nojo do seu
corpo!
-Mas você me chamou...
-De linda? –Ele ri. –Você
acreditou mesmo nisso?
Ela engole seco.
-Sabe o que eu senti? –Diego
continua. –Senti náuseas com essa sua boca imunda na minha pele... Você é totalmente repugnante pra mim. E quer saber?
Nem muito bêbado eu transaria com uma vadia, puta como você!
-Olha como fala comig...
-Eu falo como quiser!!
Porque você não vale nada!! –Diego grita no rosto dela, com uma violência
assustadora. A garota, que fazia vezes de se levantar, voltou a se encolher na
cama imediatamente. Com sua autoestima apunhalada, ela não tem mais a mesma
pose.
Diego, no entanto, vai
se aproximando, mais seguro e raivoso do que nunca. Quando seus rostos estão
muito próximos, ele segura o queixo dela com força, obrigando-a a olhar para
ele. Patrícia teme apanhar, mas a única coisa que Diego usa para atingi-la, são
duas palavras:
-Acabou, vadia.
***
No dia seguinte no Brasil...
Eva não para nem um
segundo de ligar para Roberta pedindo que venha embora. Sabe que a filha não
comeu nada desde que acordou e a mãe duvida que tenha se alimentado na rua. Mas
Roberta não amolece. Se recusa firmemente a ir embora da delegacia até que
alguém venha conversar com ela.
-Filha, por favor! –A voz
da cantora é chorosa. –O Franco disse que se não voltar
logo, vai te buscar!
-Que venha! Eu só saio
daqui, se me matarem!
-Estamos todos muito
preocupados com você, meu amor. A Alice não para de chorar e...
Roberta sente a cabeça
girar. Não aguenta mais tanta gente chorando, tanta gente tentando consolá-la
ou dizendo que tudo vai ficar bem. Isso não ajuda! O que ajuda é tirar a bunda
do sofá, enxugar o rosto e se jogar no mundo!
-Manda a Alice deixar de
ser inútil!
-Mas, filha...
-E não me liga mais! –Ela
desliga o celular.
Que dia insuportável.
Ela não aguenta mais tantas pessoas, tantas câmeras, repórteres, tanta gente inútil que ou quer se aproveitar da situação ou quer disparar frases de livros de autoajuda que ao final não fazem diferença alguma.
-Eu preciso falar com alguém! –Roberta olha para um lado e outro, muito aflita. As notícias sobre o desaparecimento de Nina ainda estão repetitivas
na tevê e nas redes sociais, mas ela sente que há algo diferente acontecendo e quer saber o que é. Precisa saber.
Mas quando ela entra em um corredor à procura de qualquer viva alma disponível, acaba por dar de cara
com alguém que não queria encontrar tão cedo.
-Me desculpe. –A mulher
se assusta. –Meu sobrinho tomou um remédio muito forte, não está muito bem.
Caíque, com olhos
assustados, parecendo dopado, para à sua frente. Ao seu lado, segurando-o pelos
ombros, a mulher, de cabelos escuros e curtos, aparentando uns quarenta anos,
fica chocada quando reconhece Roberta.
-Perdão...
-Tudo bem. –A garota tenta desviar,
mas Caique agarra suas mãos.
-Eu não a peguei!
-Vamos, querido. Ela já
sabe... –A tia tenta leva-lo, mas o rapaz se agita ainda mais.
-Eu só queria proteger o meu neném!
Roberta puxa o braço.
-A Nina não é sua!... Pare de dizer isso! –E dispara com
rancor.
-Não? –Caíque fica confuso e começa a olhar para o chão.
–Mas o Caio sempre disse que era minha... Que o neném era minha culpa... Que
era minha responsabilidade, meu crime...
Roberta reúne forças para falar, mas seus lábios tremem
sem conseguir formar palavras.
-Ela vai aparecer, querida, tenha fé. –A tia de Caíque
sorri, solidária. –Foi um erro do meu sobrinho roubar o carro do meu marido
para ficar vigiando vocês. Nunca deixaríamos se tivéssemos conhecimento. Mas
ele já está medicado e não é mais um risco a ninguém. Ele apenas queria ver a menina naquelas
vezes, queria saber se estava bem, se vocês a amavam, mesmo ela sendo, como ele
dizia, um... um...
-Um erro... –Caíque completa com um sussurro.
Roberta engole o nó de sua garganta e balança a cabeça negando.
-Não... Ela jamais foi um erro...
Ela queria dizer mais. Queria dizer que sua vida
nunca tinha sido tão bonita até ela chegar. Queria dizer que havia evoluído séculos com o dever de cuidar dela. Queria dizer que nunca se sentiu tão
hipnotizada como se sentiu na primeira vez em que se viu refletida naqueles
dois olhinhos infantis. Queria... Mas falar algo assim, sem chorar, seria
completamente impossível. Cada milímetro de seu coração está totalmente
machucado. Se existe alguma força em seu corpo, ela é fruto unicamente da
esperança.
Alguém, saindo de uma sala um pouco a frente, vê os três
no corredor, e vai até eles. É o investigador contratado por Leonardo. O homem
parece muito aflito. Ele vê Roberta e seus olhos quase saltam das órbitas.
Corre até ela com um sorriso no rosto e um grito na garganta.
-A encontramos! Encontramos!
OMG PERFEITOO ! ♥
ResponderExcluirposta maaaaaaais por favor !
Maaaaaaaaaaaais Alinee, não nos torture tanto assim pfvr !!!
ResponderExcluirÉ ISSO AÍ ALINEEEEE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirADOREI O FORA QUE O DIEGO DEU NA PATRÍCIA!!!!!!!!!!!!
A-R-R-A-S-O-U!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Top top top
ResponderExcluirMaaaaaaais, por favoooor..
ResponderExcluirNathália Oliveira
Hurullllll finalmente encontraram a nina , a fic ja ta acabando neh ???:
ResponderExcluirEbaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
ResponderExcluirEu vou morrer... Preciso urgentemente de mais!
DIEGO SEU LINDO,EU TE AMO UHUUUU
ResponderExcluirPERCISO URGENTEMENTE DE MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS POSTA MAIS HOJE PFV
ResponderExcluirAhhhhhh posta mais pelo amor de Deus!! ****
ResponderExcluirPosta +++++ hoje pf pf pf
ResponderExcluirMDSSSSSSSSSSSSSSSS POSTA MAIS OMGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGG
ResponderExcluirTriste....preciso de maisssss
ResponderExcluirISSO ALINEEEEEE. SÓ NÃO DIGO QUE TÁ PER-FEI-TO PORQUE NOSSA FAMILIA TA SEPARADA.. ALINE, A RECONCILIAÇÃO DOS DOIS VAI TER QUE SER DAQUELAS HEIN
ResponderExcluirOMG' A-DO-REI o q o Diego falou pra bitch da Patricia hahaha'
ResponderExcluirCapítulo mais q perfeito u.u
Parabéns Aline ;)
Maaaaaaais... Pelo amor de Deus.. rs
ResponderExcluirNathália Oliveira
posta maissssssssssssss há e faz que o diego voltar logo com a roberta
ResponderExcluirMAIS POR FAVOR, VOU MORRER :(
ResponderExcluircara onde vc tira inspiraçao...sua web e incrivel parabensss
ResponderExcluirPosta +++++++++++++++++++
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