Sentem-se. Inteiramente. É como se nada fosse igual, nem
mesmo os toques, nem mesmo os gestos, nem mesmo as ondas enérgicas do corpo.
São sempre outros, cada vez mais junto, cada vez mais perto um do outro, cada
vez mais “um do outro”.
Diego
sente o corpo dela desejando o dele, sente que o toma, sente que o prende. Ela o
acaricia com os dedos e logo o arranha, fecha os olhos, suspira e leva a cabeça
para trás, deixando o pescoço à mercê dos beijos dele. Parece já não suportar o
movimento calmo de Diego. Isso a deixa tonta, perdida, inerte. Mas ele não tem
pressa e decide mantê-la nessa agonia prazerosa por mais tempo do que ele mesmo
suporta. É que mais do que sentir prazer, vê-la sentir é algo que o fascina.
O
quarto escuro, o cheiro de rosas vindo do óleo que está na pele vai se
misturando à transpiração. Tudo é um jeito de embriagar os hormônios
deixando-os tão vivos que quase podem ser tocados no ar.
Roberta
envolve os braços no pescoço de Diego e procura sua boca, implorando por um
beijo a mais. Ele aceita e permanece nela, mas para de se mover, beijando-a com
loucura, com intensidade e desejo.
Os
braços dela começam a apertá-lo, os dedos agarram ao cabelo dele e ela se
desespera de desejo ao se ver presa, ao se ver provocada de tal maneira sem
poder reagir. É quando Diego se ergue trazendo-a encaixada em seu colo e sente
ao se sentar no colchão, que os movimentos dela tornam-se loucos e era bem isso
que queria. Queria que ela se mostrasse uma verdadeira fera e foi bem isso que
teve. Roberta não pensou em nada, não viu nada e sentiu tudo. Tragou-o para
dentro de si brutalmente sem medir gemidos ou suspiros. Sentiu o corpo dele chegar
ao máximo de prazer junto ao seu e então, exausta, deixou-se cair em seus
braços, completamente entregue.
Diego
sorriu segurando sua cabeça e beijando seu rosto delicadamente. A respiração de
ambos está agora cansada. A pele unida tem a mesma temperatura e nada existe
neste momento, nem o lugar, nem a vida, nem a morte ou mesmo a tristeza. É tudo
uma questão de segundo, uma questão de estar no centro de apenas um sentimento,
apenas um e nada mais.
Houve
um instante, até mesmo antes de estarem juntos pela primeira vez, em que ambos
imaginaram se seria mesmo assim. Se algum dia eles seriam suficientes um para o
outro e se as coisas continuariam a ser tão bonitas e tão deliciosas como eram
no começo de tudo.
-Melhores.
–Foi o que ele disse. –A cada dia, mês, semana... Sempre melhor.
Ela
o olha e vai deitando em seu peito. A chuva agora é suave, os carinhos sem fim
neste momento de solidão e intimidade, são o complemento de uma noite perfeita.
O
rosto dela está calmo e seus suspiros cada vez mais suaves.
-Eu
gosto da gente. Do jeito que somos. Acho que brincamos muito e somos sérios ao
mesmo tempo. Isso deixa tudo mais leve.
-E
mesmo brincando nós sabemos cuidar do que é importante, não é? –E acariciou seu
queixo.
-Claro
que é.
Roberta
sorriu e deixou os lábios dele tocarem os seus. Está tudo tão bom, tão quieto e
em aspecto de sonho, que eles acabam por dormir assim, entre toques e beijos,
abraçados e em total despreocupação.
Cada
gota que caiu do céu propiciou um alívio para plantas, assim como cada segundo
da noite, propiciou a eles um alívio do mundo. As vidas precisam ser saciadas
de alguma forma segundo a natureza do que as compõe. Há muita coisa a ser
alimentada dentro das pessoas para que continuem vivas. Muito mais do que as
plantas.
Algumas
poucas horas depois, Diego está sonhando e em seu sonho está como que passeando
dentro de casa e não há ninguém em nenhum lugar até que ele vai até a sala e
encontra Roberta no sofá, procurando algo.
-O
que você perdeu? –Ele pergunta, mas ela não responde.
-Roberta?
O que foi que você perdeu?
Ela
o olha e balança a cabeça negativamente.
-Nunca
mais vou achar. Nunca mais. –Ela se entristece.
É
nesse instante que os olhos dele se abrem, se arregalando de uma só vez. O
coração está disparado e ele nem sabe por quê. Olha ao lado e Roberta acaba
acordando com sua agitação.
-O
que foi? Pesadelo?
-Não.
–Ele coça a cabeça. –Bom, não sei.
-Ué.
Não há como não saber. Se foi ruim foi um pesadelo, se foi bom foi um sonho.
-Não
aconteceu nada de ruim, só... Sei lá, foi estranho. Acho que me lembrei da...
Por
mais que aprecie este momento, Diego sabe que eles não são mais sozinhos e
acaba voltando os pensamentos para o que de mais vulnerável eles tinham naquele
momento.
-Da
Nina?
-É.
Tá ficando tarde, temos de busca-la.
Roberta
sorri preguiçosa e presunçosa ao mesmo tempo.
-Você
acha que eu estaria aqui despreocupada se soubesse que a nossa filha não está
segura e bem cuidada? Minha mãe se ofereceu para ficar com ela esta noite.
Diego
a olha primeiro desconfiado, depois preocupado, e Roberta começa a rir ao ver
nos olhos dele, o desespero.
-Não
tem graça, Roberta! Você melhor que ninguém sabe que ela pode esquecer a Nina
na pracinha ou em qualquer outro lugar do jeito que ela é distraída!
-Ah,
Diego! Não fale assim da minha mãe! –Diz segurando o riso e tentando parecer
ofendida, mas quando vê que ele está realmente preocupado, para de brincar e
segura seu braço. –Calma, eu pedi a Dani para ajudar. A Nina não está sozinha
com ela.
-Ah...
–Diego suspira aliviado. –Você quase me matou de susto.
Ela
ri.
-É
incrível como as coisas mudaram tanto em um ano. –Roberta relembra. –Nossa
pequenina esta crescendo tão rápido. Está tão linda e tão esperta...
-Você
sempre fica diferente quando fala dela.
-A
fofura dela me quebra, Diego... O que eu vou fazer se um dia precisar castigar
aquela menina? Não, -Ela balança a cabeça. –eu não sei o que vou fazer.
-Você
vai saber o que fazer, não tenho dúvida. –Ele segura o rosto dela. –Nós dois vamos
educa-la muito bem.
-Tomara.
Não quero que ela seja uma pestinha como eu fui.
-Por
quê? –Diego ri e até pensa em zoar, mas como ela está séria, espera apenas pela
resposta.
-Porque
é melhor que ela aprenda com a gente a ter limites do que aprenda com os
outros. Eu sei muito bem como é aprender apenas quebrando a cara e não quero
que ela passe pelo mesmo.
Ele
a observa, admirando a mulher incrível que ela está se tornando. Acaricia seu
rosto sonhadoramente e suspira.
-O
que foi Diego?
-Nada!
–Ele dá um sorriso torto. –Só estou admirando o grande amor da minha vida me
encher de orgulho.
-Hm...
–Roberta sorri e o beija.
-Bom.
–Ele se ajeita para se levantar. –Mesmo assim temos de ir pra casa né? Pois
amanha cedo vamos busca-la.
-Ok,
tudo bem, então vamos.
Eles
se levantam, arrumam o que tem de arrumar e seguem para casa.
Já
dentro do carro, o silêncio e o chuvisco nos vidros, deixa o trajeto relaxante
e tranquilo. Uma noite terminando tão perfeita como ela desejava.
Como
Roberta saiu ainda cedo, não deixou nenhuma luz acesa, e a casa está um
verdadeiro breu quando entram. Enquanto Diego tranca a porta, ela vai acender
as luzes e o que vê quando o faz, a assusta de tal maneira, que é inevitável um
grito.
-Roberta?
O que foi? –Diego chega à sala em segundos.
-Você
só pode estar louco! –Ela fala em um tom de voz que apesar de contido, não
disfarça a raiva.
-Que
brincadeira é essa? -Diego também olha para Leonel que está sentado na poltrona,
mirando-os com ar de mistério.
Obrigada p me ajudar no capítulo, Darly! Sem vc eu não iria conseguir tão cedo! =D
Obrigada p me ajudar no capítulo, Darly! Sem vc eu não iria conseguir tão cedo! =D
Aaaahh... Q medooo.... Sempre deixando a gente com curiosidade né Aline? Linda web, tava com saudades :)
ResponderExcluirCap. maravilhoso!!! Obrigada Aline e Darly hahah
ResponderExcluirainda bem q vc voltou.
ResponderExcluirmega ótimo!
#medo!
Quero mais! Vou morrer de tanta curiosidade, menina!! Por favor, não suma de novo... Quer nos matar do coração!
ResponderExcluirA Darly tbm arrasa, parabéns para as duas!
Posta ++++++++++++++++++++++++++++
ResponderExcluirAmeeii *-*
Amando cada dia mais!!!
ResponderExcluirPoxa Aline.. N suma mais ! Quase q eu morro. Eu entro pelo menos 5 vezes por dia nesse blog pra ver se vc postou, e hj eu tava sem internet e agr q eu entrei e vi .. Quase morri :) Ficou perfeito, esta de parabéns ! Adoro vc e adoro esse blog. A web esta a cada dia melhor ! Beijos
ResponderExcluirOwnnn finalmente , quando recebi sms do seu tweet no meu celular quase morri O.o é que meu celular ta cadastrado na minha conta do twitter e quando alguem me manda algum twett vem direto no meu celular *-* esperei tanto por esse capitulo , você e a Darly estao de parabéns u_u
ResponderExcluirOwnnn finalmente , quando recebi sms do seu tweet no meu celular quase morri O.o é que meu celular ta cadastrado na minha conta do twitter e quando alguem me manda algum twett vem direto no meu celular *-* esperei tanto por esse capitulo , você e a Darly estao de parabéns u_u
ResponderExcluiramando cada vez mais, perfeita.
ResponderExcluirO que o Leonel tá fazendo na casa de DiRo??? super curiosa.
Muito lindo e especial o capitulo, super incrivel parabens.
posta mais pf
Linda eu quero ler os outros capitulo logo!!!
ResponderExcluirM-A-R-A-V-I-L-H-O-S-OOO parabéns Line,cada vez mais se superando com capitulos explendidos! parabéns!
ResponderExcluirMellina M.
Meu anjo seu blog ganhou um selinho. Pega lá
ResponderExcluirwebnovelaluars.blogspot.com.br