Tem desejos
eternos que nunca se vão, assim com há aqueles que jamais aparecem. Se a vida
traz algo ela tem um motivo, se ela retira ela tem outro, mas isso não
significa que iremos entender.
Roberta e
Diego estão dormindo. Os braços dela passam pelo peito dele e sua mão lhe toca
o ombro. Não há roupa sobre a pele, somente um lençol fino cobrindo as digitais
que sobre a extensão do corpo não é vista. Estão sonhando.
Um dia claro na mente de um deles, um dia escuro na de outro, mas na de nenhuma tem tormenta. Os dois têm sonhos tranquilos e imaginam-se juntos de mãos dadas ou gargalhando pela manhã como as famílias dos comerciais de pasta de dente. Um tipo de bobagem com a qual os dois agora não deixam de pensar a cada dia que passa.
Um dia claro na mente de um deles, um dia escuro na de outro, mas na de nenhuma tem tormenta. Os dois têm sonhos tranquilos e imaginam-se juntos de mãos dadas ou gargalhando pela manhã como as famílias dos comerciais de pasta de dente. Um tipo de bobagem com a qual os dois agora não deixam de pensar a cada dia que passa.
***
Ainda antes
do amanhecer, quando o sol ainda estava do outro lado do mundo, no pequeno
cercado de madeira branca, forrado de almofadas e brinquedos, Nina abre os
olhos. Os vultos em sua volta e sua incompreensão do mundo lhe assustam, não
tem capacidade de fazer qualquer movimento maior por conta própria e em sua
impotência de recém-nascido só pode começar a chorar para expressar sua fome.
Roberta
interrompe os sonhos imediatamente e se levanta, recupera o roupão que nem vê
direito onde está e sai arrastando roupas com os pés até a saída enquanto o
amarra. Esfrega os olhos enquanto abre a porta do quarto da menina e caminha
até ela morrendo de sono.
-Ei... Eu to
aqui... –Ela estica as mãos e a pega dentro do berço aos berros. –Que garganta
boa você tem.
Dani a tinha treinado bem, mas que dificuldade era lidar com um bebê. Sua vida estava tão corrida, tão trabalhosa, tão cheia de complicações desde que ela chegou que pensa que nunca mais terá descanso... E talvez esteja certa. Angustiada com os pensamentos durante a madrugada, ela tenta traçar planos para o futuro enquanto a filha se cala pouco a pouco em seus braços. Não imagina como irá fazer com a faculdade, com os shows e com o trabalho na gravadora. Quer continuar a vida, mas agora tudo parece muito mais difícil do que ela imaginava que seria.
Nina levanta
a mão e toca seu braço de repente, como qualquer bebê faria, mas entre covas e
dobrinhas insinuantes, faz Roberta sorrir abobalhada e esquecer que estava
perdendo uma noite de sono e se concentrar naqueles olhinhos que não desviavam do
seu rosto. Como sempre parecem conversar com ela, lhe acalmando o espírito. É
como se lhe dissessem “Ah, mamãe, vai ser fácil”. E a partir disso, ela perdeu
todas as ideias preocupantes e se encheu de dotes que nem sabia ter. A vontade
de morder aquela menina e enchê-la de beijos era grande demais para caber-lhe
preocupações. Ai que coisa estranha, que coisa louca. Quem era essa que estava
dentro dela agora? Não faz ideia, mas insiste em tentar acreditar que ainda é a
mesma, mas sabe que não é.
Com o mesmo
sono, Roberta se encaminha entre bocejos para a cama. O restante da madrugada
foi feito de mais sonhos, literalmente...
No sonho
dele, está sentado ao lado de Roberta em uma praia bonita e desabitada. Beija-lhe
os ombros nus enquanto brinca com as alças de seu biquíni. Ela deita as costas
em seu peito e vira para beijá-lo enquanto a filha recolhe conchas pela areia
em um balde de plástico. Os cabelos cacheados e loiros brincam de saltar em
seus ombros e seu riso enquanto mostra a eles uma nova concha amarelada que
achou, é música junto às águas do oceano.
No sonho
dela, está na varanda do sobrado onde moram, naquele lugar dourado de tantas
madeiras marrons adornando a visão. A noite está quente e ela está deitada em
uma rede quando acorda com um beijo de Diego. Percebe então que ele está
deitado junto dela em uma bagunça de pernas e braços. Começam a ouvir passos e
em seguida “Ah!” Nina pula sobre eles fazendo a rede se arrebentar e cair ao
chão, levando junto muitas gargalhadas em meio a dores no traseiro por causa da
batida. Os motivos para rir não terminam por algum motivo idiotamente feliz, se
é que essa expressão é possível.
Não há nada
mais bonito, e quem tem sabe disso, que ter um sonho possível. Imaginar uma
coisa que se tem certeza de ter e querê-la com a mesma intensidade que se quer
o impossível. Um sonho que está a caminho, que é mais concreto que o próprio
chão onde se pisa é a felicidade antecipada e que só por imaginar, já se torna
um motivo para amar o futuro.
***
Algum tempo
depois...
É chegada a
hora. Um ano havia se passado desde que Carla havia se internado para o
tratamento da bulimia e agora aqui está ela, estreando uma manhã quente de quarta-feira
estalando os dedos e olhando para todos os cantos com nervosismo. As meninas,
companheiras de momentos difíceis e divertidos estão recebendo visitas, abraçando
a família e os amigos enquanto ela continua sozinha. Onde estaria sua irmã? Ah,
claro, Beck era enrolada mesmo, ela tinha se esquecido disso. Mas e Tomás? Ele,
por mais louco que fosse, não a deixaria sozinha no dia em que voltaria para
casa. Ou deixaria?
Do nada, enquanto
ela se angustia, uma algazarra começa na entrada da sala e ela tem de longe uma
certeza: Seus amigos estão ali. Ninguém teria a capacidade de chamar tanta a
atenção quanto eles.
-Carla! –Alice
é a primeira a se aproximar para lhe dar um abraço saltitante. –Estou tão feliz
que vai sair daqui!
-E eu então!
-Eu vim te
buscar, titia! –Tomás a surpreende chegando com Nina no colo. Ela olha para
todos os cantos e se fixa rapidamente em Carla.
-Meu Deus,
como tá grande! –Ela a pega. –Que gostosura! Seis meses não é? –Pergunta se
virando para Diego que balança a cabeça afirmando.
-Tá passando
muito rápido!
-Gente... Vamos
logo embora? –Pedro os interrompe, incomodado. –Essa clínica é muito estranha.
-É mais que uma
clínica. –Carla diz, como quem já vê o lugar como um segundo lar.
-Mas temos
que ir mesmo. –Roberta conta. –Temos um encontro muito, mas muito importante
com o empresário da banda. Parece que a divulgação que fizeram nesse tempo
surtiu efeito, agora estão pedindo shows em várias cidades. Precisamos ensaiar
as novas músicas e experimentar os novos figurinos.
-Sério? –Carla
para de brincar com Nina, surpresa.
-Claro... Estamos
completos agora.
***
Foi uma
tarde tranquila que passaram com o empresário na casa de Eva. A cantora estava
animada, levaria a banda para vários shows com ela até que as novas músicas
fossem reconhecidas. Ainda eram uma banda pop, mas agora amadurecida, firme,
com letras engajadas em ritmos bem marcados. Um ano de preparação havia sido
realmente um tempo para que se preparasse algo muito caprichado.
Quando o
empresário vai embora, os demais se retiram pouco a pouco. Carla estava cansada
e Tomás a levou para o loft de Vicente. Pedro e Alice foram dar um passeio, já
que a fase do namoro deles estava ás mil maravilhas e Roberta e Diego saíram
por último.
Antes de ir
embora, Diego decidiu visitar o pai, que sempre dizia que nunca o visitavam e
que não era justo que só ele os visitasse. Então para provar que não havia
rancores nutridos ali, partiram para a mansão dos Maldonado. Quando chegaram, foram
recebidos amavelmente por Sílvia, que os levou para a sala e ficaram algum
tempo de conversa. Os irmãozinhos de Diego já estavam com três anos e corriam
para todos os lados. Roberta sentiu um calafrio e olhou para Nina sossegada no colo
de Diego, imaginando que daqui a pouco poderia ser ela.
-Logo vai estar engatinhando,
pega tudo e coloca na boca, sabe lá o que pode acontecer...
-Mas a sua
mãe tem empregados. –Sílvia tenta ver lados positivos. –Tem muita gente pra olhar a
menina enquanto vocês fazem o show. Não vai acontecer nada. Garanto que sua mãe
vai cuidar muito bem dela, Roberta.
-Vocês são
loucos? –Leonardo chega de repente. –Vão deixar a minha neta com a Eva?
-Qual o
problema? –Roberta se agita, agora virando a favor da mãe, só para contrariá-lo.
-Me
desculpa, mas a sua mãe não tem condições de cuidar de uma criança.
-Mas ela que
cuidou de mim.
-Isso é mais
uma prova de que ela não tem condições.
-Ei! –Roberta
se ofende.
-Pai, vamos
parar com isso.
-Não, eu não quero que a Nina fique na casa da Eva, ela vai ficar é aqui.
-Você bebeu? –Roberta
dá um tapinha na testa. –Vocês têm duas crianças pequenas, como vão cuidar de
mais uma?
-Ela tem
razão, meu amor. –Sílvia a apoia. –O Bruno e o Danilo ainda exigem muita
vigilância e...
-Eu contrato
mais babás. –Leonardo é firme. –E se eu souber que deixaram a menina na casa
daquela louca eu...
-Você o que?
–Roberta põe as mãos na cintura e ergue as sobrancelhas, insinuando que ele não
poderia fazer nada, afinal a filha era deles.
-Eu os acuso
de negligência e peço a guarda da Nina.
Bommmm d+++ amei perfeitooo
ResponderExcluirPerfeito demais,quero mais logo :)
ResponderExcluiro Leonardo ta louco??
ResponderExcluirOMG!!
amo d mais a web!!
posta mais? e ja decidiu quants capitulos fazer?
o Leonardo não tem jeito mesmo. ele não pode tirar a Nina do Diego e da Roberta.
ResponderExcluirSuper amando a web cada vez mais, parabéns!
Infelismente tem uma droga de lei que permite que os avós façam isso. Mas não deixa Aline. Posta mais
ExcluirPosta ++++++
ResponderExcluirAH Aline ñ deixa isso acontecer!!!eles formam uma familia perfeita e ñ podem ser separados!!!
ResponderExcluirMAS A WEB TA MUITO BOA!!!
Posta mais A WEB É MUITO BOA mas ñ deixa q o Leonardo tire a Nina do Diego e de Roberta!!!!!
ResponderExcluirPosta ++++++++++++++++++++++++++
ResponderExcluirNão faz o Leonardo tirar a Nina da Roberta e do Diego *-*
aFF Leonar não toma jeito mesmo..
ResponderExcluirContinua ,tá perfeita!
Ai meu Pai! O Leonardo perdeu a noção né.. Nina tem que ficar com os pais,não com um avô chato.. Parabéns tá demais... /Elaine Moraes
ResponderExcluirO leonardo esta muito muito muito louco n deixa ele tirar a nina deles pf pf pf a web esta otima
ResponderExcluir