-Bem da
terra? –Roberta aperta os olhos em um riso abafado. –Você é do greenpeace
agora?
-Se for pra
poder tomar um banho com você eu entro até pro exército da salvação.
Ela gargalha
de vez.
-É muito exagerado!
–E o beija. O beija sem imaginar que não conseguiria parar até estar no andar
de cima.
Os dois
sobem as escadas rapidamente e se encaminham para o banheiro dos fundos a
trancos e barrancos. Lá dentro ele só para de beijá-la para ligar o chuveiro.
Haviam ido para lá por ser o maior banheiro da casa e por ficar mais distante
do quarto de Nina. Não era hora de ela acordar.
O vapor da água sobe pelos azulejos e escorre em
cristais calados. Diego retira a blusa e se aproxima de Roberta. Ela fica
parada a esperá-lo, quase assustada. Ele aproxima a boca, tão leve quanto
gulosa, puxando os lábios dela que se abrem lentamente para sua passagem. A
umidade de suas bocas juntas vai se misturando nas línguas enquanto os olhos fechados
se concentram nos arrepios interiores. As mãos de Diego entram debaixo da blusa
dela e apertam sua carne enquanto intensifica o beijo de um jeito que lhe
arranca o ar.
Apertada em seus braços, Roberta perde a noção
de onde estão seus pensamentos e se devolve ao desejo amedrontado. Em seguida ele
caminha para o chuveiro abraçado a ela, as roupas vão ficando pelo caminho, até
que apenas com aquelas íntimas peças, eles colam a pele debaixo da água em
vapor.
As mãos dele
descem por seus braços, cintura e descem mais. Contornam as coxas e tentam
terminar o trabalho de retirar dela toda a roupa.
-Espera...
-O que foi? –Ele
pergunta quando ela para o beijo.
-É que... –Roberta
sai de suas mãos e busca palavras. –Você sabe...
-Sei?
-É a
primeira vez depois que a Nina nasceu...
-Não vai me
dizer que aquele papo de eu nunca mais te tocar era sério?...
-Claro que
não! –Ela ri. –Não é isso.
-Mas... Você
está mais linda ainda. –Diego não compreende bem. –Eu fico louco de só olhar
pra você.
-Eu também não
estou preocupada com meu corpo.
-Que,
diga-se de passagem, está muito bem.
Ele vai
descendo o olhar pelo corpo dela e Roberta pega seu queixo com o dedo trazendo-o
de volta aos seus olhos.
-Eu tenho
medo de doer.
-Mas eu
nunca te machuquei.
-Claro que
não, mas você sabe... Os pontos.
-Hm...
–Diego fecha os olhos se recordando do “pequeno” detalhe. –Desculpa, eu nem tava
me lembrando.
-Quase dois
meses é muito tempo... –Ambos ficam decepcionados. –Eu também to com saudade,
mas...
Ele segura o
rosto dela com as mãos e lhe dá um beijo interrompendo. –Não se preocupe olhos
lindos, eu espero quanto tempo for preciso.
O casal então
continuou no banho alguns minutos mais e entre sabonetes passando de mão em mão
e as espumas pelo corpo, os beijos ficaram impossíveis de se evitar, assim como
os olhares inegavelmente maliciosos persistiam e as excitações ficaram evidentes.
-Acabei!
–Diego sai rapidamente enquanto ela ainda se enxágua.
-Ué! Não vai
me esperar?
Roberta vê
que ele foge. Que foge por que não está mais aguentando olhar para ela quase completamente
nua se lavando frente a seus olhos. O calor o toma por completo e está quase
ligando a mangueira do quintal para tomar um banho gelado. Em vez disso, no
entanto, vai para o quarto, veste somente uma peça íntima e se enfia nos
lençóis.
De barriga
para cima ele fecha os olhos e fica algum tempo tentando se lembrar de algum
filme de terror. Depois de uns cinco ou dez minutos entre “O exorcista” e “O
grito” ele já não tem certeza que se um pesadelo está melhor de se ter neste
momento que um sonho erótico.
-Já dormiu?
–Roberta põe a mão em sua barriga e ele desperta (em vários sentidos).
-Não... Não
consegui.
A garota desliza
a mão sobre a sua pele ainda aquecida pela água do chuveiro subindo e descendo
sobre os hormônios dele. Está vestida apenas com um roupão branco e os cabelos
presos deixam alguns cachos molhados descerem sobre seu sorriso travesso.
-Roberta,
não faz isso. –Ele segura sua mão. –Você sabe o que acontece quando faz isso.
-Eu sei... E
quero.
-Hm? –Diego
não parece ter ouvido direito.
-Não vai me
machucar... E mesmo se machucar eu to com tanta vontade de você... Não vou
aguentar ficar só dormindo do seu lado mais uma noite.
-Tem
certeza?
Quando ele
diz isso, Roberta abre o roupão e o abaixa dos ombros. Este cai ao chão
enquanto os olhos de Diego quase saltam também. Ela levanta tranquilamente os
lençóis e entra junto com ele, que arreda para trás para que ela caiba. Não
houve resposta, ela apenas deitou a cabeça no travesseiro e ele começou um
beijo. Calmo, profundo e sufocante.
Enquanto a beija,
em idas e voltas ao fundo de sua boca, ele passa a mão por toda extensão de seu
corpo e se aperta contra ela, fazendo-a notar o quanto ele a quer.
As nítidas
impressões de paixão se dão nos pelinhos que se erguem no braço, no tremor das
pernas e no bombear descontrolado do coração. Um surto imediato de carinho vai
se estendendo em beijos e mordidas pelo pescoço, em unhas e dedos marcando a
pele e um reboliço em meio aos lençóis. Um aroma fresco de banho, de calor, de
conforto. Um lamber suave da orelha causando um tremor que quase não a deixa
falar, mas um sussurro persiste.
-Pelo jeito
que saiu correndo do banheiro... Achei que estivesse com pressa...
-Seria um desperdício
ter pressa com você. –Diego continua beijando seu rosto e seu pescoço enquanto
fala.
Roberta
fecha os olhos, rodeia a cintura dele com as pernas enquanto prende os dedos em
seus cabelos. Estão afundados no colchão, entre tecidos leves e suaves. A febre
da pele dela já está em um nível vulcânico e seu corpo o pede sem cessar. Mas
ele ainda quer aquecê-la mais, quer rodeá-la de sensações censuradas e preliminares
quase torturantes.
-Diego... –Ela
o chama. O corpo inteiro já em transe, amolecido e fascinado.
Ele traz os
lábios de encontro aos dela e a beija como se fosse devorá-la. Prepara seu
corpo, seu coração e sua alma para senti-la com o êxtase da saudade que o abate.
As mãos dela
estão em seu pescoço enquanto suas testas se tocam. Diego enlaça os dedos nos
dela e as mãos se apertam contra o travesseiro enquanto ele se introduz nela tão
lento e inebriante que sentem uma eletricidade cortar suas veias milímetro a
milímetro. Se atraem feito ímãs para o encaixe perfeito que cria um prazer
instantâneo e quase insano.
Eles se
tomam, se beijam unidos e sem dor. O desconforto não é lembrado, só o tempo, o
tempo soando no ponteiro do relógio acompanha os sons de seus beijos. Nada de
apenas desejo, nada de apenas carne. Suas mentes viajam por arrepios,
sentimentos, desvarios, lembranças e alucinações. Apertar-se ao outro, antes de
causar prazer, causa algo sem nome, algo que é mais que uma necessidade, mais
que apenas saudade do corpo, mas saudade de encontrar no outro aquela parte
invisível que tão perfeitamente abraça o espírito por dentro e o retira de um
palco vazio em que todos já se sentiram algum dia.
Esgotando
suas forças minutos a fim com gemidos dissonantes.
Eles suam enquanto a pele se fricciona uma à outra em movimentos que, mesmo em toda
sua profundidade e carinho, se tornam cada vez mais rápidos. Um amor feito com
delicadeza e fome, com luxúria e amor, sem certeza da parada, com vontade de se
manter até o clarear do dia, apesar do mundo que precisam ver pela manhã.
-Eu te amo! –Ela
cerra os olhos agarrando-se a ele, desesperadamente. –Eu te amo, Diego!
Ele continua
ainda mais intenso sobre ela, sentindo seu corpo tendo espasmos alucinantes
enquanto Roberta estremece em seus braços, se torna mais dele, mais liberta de
si mesma e de qualquer consciência fora do prazer. E quando seus corpos se
contraem juntos pela última vez, sentem-se cair de um precipício sobre o
terremoto do outro. Terminam aturdidos com a involuntariedade das pernas, com a
agitação dos batimentos cardíacos, com a falta de ar e a sensação de um grito
saindo pelos poros.
Respiração
cansada, hálito saboroso, músculos esgotados. Diego se move para o lado dela e se
deixa cair passando a mão sobre a testa úmida. Estica os braços ainda
respirando pela boca quando Roberta vem deitar em seu peito com ar satisfeito.
-Você é
maravilhosa. –Ele lhe dá um beijo na testa, desce até sua boca e se demora nela.
–Eu também amo muito você.
-Como
sempre, não é?
Ela ri fazendo
alusão ao fato de sempre repetirem as mesmas palavras, mas Diego discorda.
-Como sempre
não. Cada vez mais. Muito, muito mais!
-Você é uma
delícia...
Ele sorri,
arqueando as sobrancelhas.
-Você não
era assim, hein?...
-O que? Apaixonada?
Louca? Sem limites?... Tem certeza?
-Hm... –Diego a puxa para cima do peito e lhe salpica beijos enquanto ela lhe abraça. –É por isso que eu sou doido por você!
E no
silêncio das cena censuradas, a noite que ainda resta deixa sobrar-se ao sono
inconstante. Ainda um grama de carinho se deposita sobre as horas, migalhas de
desejo pelos lençóis, e algumas outras metáforas invadem os olhos sonolentos que já não podem
admirar a nudez dos corpos que ainda se laçam, agora sem vestígio de ação.
primeiro comentario hehehehehehe anda não acabei de ler mais tá otimo
ResponderExcluirLindoo!
ResponderExcluirpostaa maiis
ResponderExcluirLindo mesmo! Posta mais.
ResponderExcluirperfeito!!
ResponderExcluirSeu blog recebeu um selinho:fanficeternamente.blogspot.com.br
ResponderExcluirai ai viu, a web ta ficando cada vez + quente e melhor
ResponderExcluirPerfeito aline parabens como sempre
ResponderExcluirUhbeijos
Que liiiiiindo *--*
ResponderExcluirPERFEITO! Amo o jeito que você escreve as cenas mais quentes. Um romance com aquela pitada de erotismo sempre na medida certa! Tô amando! POSTA MAIS
ResponderExcluireu não me canso de dizer q seu talento é muito grande,vc é a inspiração de qualquer pessoa...
ResponderExcluira sua web é a melhor que já li.
parabéns!
Quero mais=D
ResponderExcluirPosta +++++++++++++++++++++++++
ResponderExcluirrelendo! haha saudades, line!!!!
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