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Cap 56 (faculdade) - Cenas censuradas


-Bem da terra? –Roberta aperta os olhos em um riso abafado. –Você é do greenpeace agora?
-Se for pra poder tomar um banho com você eu entro até pro exército da salvação.
Ela gargalha de vez.
-É muito exagerado! –E o beija. O beija sem imaginar que não conseguiria parar até estar no andar de cima.
Os dois sobem as escadas rapidamente e se encaminham para o banheiro dos fundos a trancos e barrancos. Lá dentro ele só para de beijá-la para ligar o chuveiro. Haviam ido para lá por ser o maior banheiro da casa e por ficar mais distante do quarto de Nina. Não era hora de ela acordar.
 O vapor da água sobe pelos azulejos e escorre em cristais calados. Diego retira a blusa e se aproxima de Roberta. Ela fica parada a esperá-lo, quase assustada. Ele aproxima a boca, tão leve quanto gulosa, puxando os lábios dela que se abrem lentamente para sua passagem. A umidade de suas bocas juntas vai se misturando nas línguas enquanto os olhos fechados se concentram nos arrepios interiores. As mãos de Diego entram debaixo da blusa dela e apertam sua carne enquanto intensifica o beijo de um jeito que lhe arranca o ar.
 Apertada em seus braços, Roberta perde a noção de onde estão seus pensamentos e se devolve ao desejo amedrontado. Em seguida ele caminha para o chuveiro abraçado a ela, as roupas vão ficando pelo caminho, até que apenas com aquelas íntimas peças, eles colam a pele debaixo da água em vapor.
As mãos dele descem por seus braços, cintura e descem mais. Contornam as coxas e tentam terminar o trabalho de retirar dela toda a roupa.
-Espera...
-O que foi? –Ele pergunta quando ela para o beijo.
-É que... –Roberta sai de suas mãos e busca palavras. –Você sabe...
-Sei?
-É a primeira vez depois que a Nina nasceu...
-Não vai me dizer que aquele papo de eu nunca mais te tocar era sério?...
-Claro que não! –Ela ri. –Não é isso.
-Mas... Você está mais linda ainda. –Diego não compreende bem. –Eu fico louco de só olhar pra você.
-Eu também não estou preocupada com meu corpo.
-Que, diga-se de passagem, está muito bem.
Ele vai descendo o olhar pelo corpo dela e Roberta pega seu queixo com o dedo trazendo-o de volta aos seus olhos.
-Eu tenho medo de doer.
-Mas eu nunca te machuquei.
-Claro que não, mas você sabe... Os pontos.
-Hm... –Diego fecha os olhos se recordando do “pequeno” detalhe. –Desculpa, eu nem tava me lembrando.
-Quase dois meses é muito tempo... –Ambos ficam decepcionados. –Eu também to com saudade, mas...
Ele segura o rosto dela com as mãos e lhe dá um beijo interrompendo. –Não se preocupe olhos lindos, eu espero quanto tempo for preciso.
O casal então continuou no banho alguns minutos mais e entre sabonetes passando de mão em mão e as espumas pelo corpo, os beijos ficaram impossíveis de se evitar, assim como os olhares inegavelmente maliciosos persistiam e as excitações ficaram evidentes.
-Acabei! –Diego sai rapidamente enquanto ela ainda se enxágua.
-Ué! Não vai me esperar?
Roberta vê que ele foge. Que foge por que não está mais aguentando olhar para ela quase completamente nua se lavando frente a seus olhos. O calor o toma por completo e está quase ligando a mangueira do quintal para tomar um banho gelado. Em vez disso, no entanto, vai para o quarto, veste somente uma peça íntima e se enfia nos lençóis.
De barriga para cima ele fecha os olhos e fica algum tempo tentando se lembrar de algum filme de terror. Depois de uns cinco ou dez minutos entre “O exorcista” e “O grito” ele já não tem certeza que se um pesadelo está melhor de se ter neste momento que um sonho erótico.
-Já dormiu? –Roberta põe a mão em sua barriga e ele desperta (em vários sentidos).
-Não... Não consegui.
A garota desliza a mão sobre a sua pele ainda aquecida pela água do chuveiro subindo e descendo sobre os hormônios dele. Está vestida apenas com um roupão branco e os cabelos presos deixam alguns cachos molhados descerem sobre seu sorriso travesso.
-Roberta, não faz isso. –Ele segura sua mão. –Você sabe o que acontece quando faz isso.
-Eu sei... E quero.
-Hm? –Diego não parece ter ouvido direito.
-Não vai me machucar... E mesmo se machucar eu to com tanta vontade de você... Não vou aguentar ficar só dormindo do seu lado mais uma noite.
-Tem certeza?
Quando ele diz isso, Roberta abre o roupão e o abaixa dos ombros. Este cai ao chão enquanto os olhos de Diego quase saltam também. Ela levanta tranquilamente os lençóis e entra junto com ele, que arreda para trás para que ela caiba. Não houve resposta, ela apenas deitou a cabeça no travesseiro e ele começou um beijo. Calmo, profundo e sufocante.
Enquanto a beija, em idas e voltas ao fundo de sua boca, ele passa a mão por toda extensão de seu corpo e se aperta contra ela, fazendo-a notar o quanto ele a quer.
As nítidas impressões de paixão se dão nos pelinhos que se erguem no braço, no tremor das pernas e no bombear descontrolado do coração. Um surto imediato de carinho vai se estendendo em beijos e mordidas pelo pescoço, em unhas e dedos marcando a pele e um reboliço em meio aos lençóis. Um aroma fresco de banho, de calor, de conforto. Um lamber suave da orelha causando um tremor que quase não a deixa falar, mas um sussurro persiste.
-Pelo jeito que saiu correndo do banheiro... Achei que estivesse com pressa...
-Seria um desperdício ter pressa com você. –Diego continua beijando seu rosto e seu pescoço enquanto fala.
Roberta fecha os olhos, rodeia a cintura dele com as pernas enquanto prende os dedos em seus cabelos. Estão afundados no colchão, entre tecidos leves e suaves. A febre da pele dela já está em um nível vulcânico e seu corpo o pede sem cessar. Mas ele ainda quer aquecê-la mais, quer rodeá-la de sensações censuradas e preliminares quase torturantes.
-Diego... –Ela o chama. O corpo inteiro já em transe, amolecido e fascinado.
Ele traz os lábios de encontro aos dela e a beija como se fosse devorá-la. Prepara seu corpo, seu coração e sua alma para senti-la com o êxtase da saudade que o abate.
As mãos dela estão em seu pescoço enquanto suas testas se tocam. Diego enlaça os dedos nos dela e as mãos se apertam contra o travesseiro enquanto ele se introduz nela tão lento e inebriante que sentem uma eletricidade cortar suas veias milímetro a milímetro. Se atraem feito ímãs para o encaixe perfeito que cria um prazer instantâneo e quase insano.
Eles se tomam, se beijam unidos e sem dor. O desconforto não é lembrado, só o tempo, o tempo soando no ponteiro do relógio acompanha os sons de seus beijos. Nada de apenas desejo, nada de apenas carne. Suas mentes viajam por arrepios, sentimentos, desvarios, lembranças e alucinações. Apertar-se ao outro, antes de causar prazer, causa algo sem nome, algo que é mais que uma necessidade, mais que apenas saudade do corpo, mas saudade de encontrar no outro aquela parte invisível que tão perfeitamente abraça o espírito por dentro e o retira de um palco vazio em que todos já se sentiram algum dia.
Esgotando suas forças minutos a fim com gemidos dissonantes. Eles suam enquanto a pele se fricciona uma à outra em movimentos que, mesmo em toda sua profundidade e carinho, se tornam cada vez mais rápidos. Um amor feito com delicadeza e fome, com luxúria e amor, sem certeza da parada, com vontade de se manter até o clarear do dia, apesar do mundo que precisam ver pela manhã.
-Eu te amo! –Ela cerra os olhos agarrando-se a ele, desesperadamente. –Eu te amo, Diego!
Ele continua ainda mais intenso sobre ela, sentindo seu corpo tendo espasmos alucinantes enquanto Roberta estremece em seus braços, se torna mais dele, mais liberta de si mesma e de qualquer consciência fora do prazer. E quando seus corpos se contraem juntos pela última vez, sentem-se cair de um precipício sobre o terremoto do outro. Terminam aturdidos com a involuntariedade das pernas, com a agitação dos batimentos cardíacos, com a falta de ar e a sensação de um grito saindo pelos poros.
Respiração cansada, hálito saboroso, músculos esgotados. Diego se move para o lado dela e se deixa cair passando a mão sobre a testa úmida. Estica os braços ainda respirando pela boca quando Roberta vem deitar em seu peito com ar satisfeito.
-Você é maravilhosa. –Ele lhe dá um beijo na testa, desce até sua boca e se demora nela. –Eu também amo muito você.
-Como sempre, não é?
Ela ri fazendo alusão ao fato de sempre repetirem as mesmas palavras, mas Diego discorda.
-Como sempre não. Cada vez mais. Muito, muito mais!
-Você é uma delícia...
Ele sorri, arqueando as sobrancelhas.
-Você não era assim, hein?...
-O que? Apaixonada? Louca? Sem limites?... Tem certeza?
-Hm...  –Diego a puxa para cima do peito e lhe salpica beijos enquanto ela lhe abraça. –É por isso que eu sou doido por você!
E no silêncio das cena censuradas, a noite que ainda resta deixa sobrar-se ao sono inconstante. Ainda um grama de carinho se deposita sobre as horas, migalhas de desejo pelos lençóis, e algumas outras metáforas invadem os olhos sonolentos que já não podem admirar a nudez dos corpos que ainda se laçam, agora sem vestígio de ação.

Comentários

  1. primeiro comentario hehehehehehe anda não acabei de ler mais tá otimo

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  2. Seu blog recebeu um selinho:fanficeternamente.blogspot.com.br

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  3. ai ai viu, a web ta ficando cada vez + quente e melhor

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  4. Perfeito aline parabens como sempre
    Uhbeijos

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  5. PERFEITO! Amo o jeito que você escreve as cenas mais quentes. Um romance com aquela pitada de erotismo sempre na medida certa! Tô amando! POSTA MAIS

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  6. eu não me canso de dizer q seu talento é muito grande,vc é a inspiração de qualquer pessoa...
    a sua web é a melhor que já li.
    parabéns!

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Despedida

Obrigada a todas e todos por terem estado comigo até agora. Me perdoem qualquer coisa e um beijo enorme no coração de cada um. Eu gostaria de poder ter feito melhor em todo esse tempo, mas juro que o fiz foi de coração e tive um enorme prazer em estar aqui. Era uma escritora bastante amadora, mas me diverti demais e me senti abençoada com a companhia de cada um. Quem quiser me seguir no Wattpad, estou escrevendo outras histórias por lá >>>  AlineStechitti

Aviso Importante:

Devem ter notado que na minha web os rebeldes estão no segundo semestre do último ano escolar, então... Surgiu um problema: Como continuar a história? Eu não vou ter como alongar isso p muito tempo, porque passa cap e mais cap e um dia eles terão que se formar e sair da escola! Com isso eu tive duas ideias: 1ª RECOMEÇO: Fazer uma nova história de Roberta e Diego lá do comecinho, tudo de novo. Os dois chegam no colégio, se odeiam, se apaixonam mas brigam todo o tempo mesmo se amando... Tipo quando começou a novela e no desenrolar eles logo começam a namorar. Os rebeldes começam a banda, os shows, as intrigas e tudo mais dentro do Elite Way. 2ª FACULDADE: Fazer uma continuação dessa mesma história que já conhecem e que escrevo há mais de 6 meses. Diego, Roberta e todos os rebeldes vão para a faculdade. Alguns fazem o curso q querem e outros, como Diego, faz o que o pai obriga. Lá eles estão mais livres, com mais responsabilidades, frequentam baladas, teatros, alguns trabalham, passam...

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