É
o primeiro dia de faculdade. Roberta se levanta e se arruma, aliviada por poder
vestir uma roupa comum em vez do uniforme do colégio. Se bem que seu estilo
rock and roll nem sempre era considerado assim tão comum.
Diego não acorda com a
mesma disposição, o único consolo é que estudaria na mesma faculdade que ela.
-Não precisa ajudar amor!
Durante o caminho eles vão
conversando sobre o assunto. Roberta se esquiva, mas Diego persiste arrancando
de pouquinho em pouquinho tudo que queria ouvir.
-E você é toda minha! -Ele a
agarra e beija sua bochecha até o pescoço.
-Diego!
-Que?
-A gente vai se atrasar!
Eles correm para dentro do
centro universitário e lá se dividem. Voltam a se ver somente no intervalo de
15 minutos e na saída onde também outra vez se dividem para ir trabalhar.
As coisas estão mudando e a
correria começa. Apesar do corpo sentir a diferença, da mente sentir e de tudo
o que estavam acostumados mudar de uma hora para outra dentro deles, estavam
gostando disso.
Sentem em cada experiência
de mudança um crescimento, algo que não compreendem diretamente, mas que surte
efeito em uma força nos motores, em uma arrancada brusca, como um jogador que
ficava sempre na reserva e foi finalmente chamado e quer dar tudo de si.
As mudanças são assim, são
pra gente se assustar e ao mesmo tempo se habituar a querer que continuem nos
assustando, e olha que isso não faz o menor sentido.
-Diego já olhou os papéis?
-Já...
Leonardo a todo tempo fica
indo e vindo na mesa que havia deixado o filho para estudar dados da empresa. O
escritório do pai é grande e a tal mesa havia sido colocada em um canto todo
preparado para Diego, onde uma pilha de papéis o encobria atrás de sobrancelhas
rígidas.
-Não
é assim. -O pai tira a folha de baixo dos olhos dele e revisa. -Aqui... Essa
empresa não faz parte do nosso ramo de negócios...
E
o rapaz vai ouvindo tudo atentamente sem jamais reclamar. Vai aprendendo cada
coisa que vai lhe sendo ensinado durante os dias que se sucedem. Nesse em
especial, muitas reuniões estressantes haviam feito a cabeça dele martelar uma
dorzinha aguda e aflitiva que o acompanhou até em casa.
Nem
mesmo o presente que o pai deu há dois dias, um carro prata, novo em folha, foi
capaz de evitar o estresse diário.
Ele e Roberta chegam sempre por volta das 5 da tarde. Nenhum dos dois tem uma hora para chegar e o combinado é de quem chegar primeiro faz a comida ou compra, já que sempre quando um chega mais cedo o outro chega até duas horas mais tarde.
Já tinham se passado vários dias desde que Alice havia voltado aos Estados Unidos para o mundo da moda, Carla e Tomas à Europa, passando por Portugal e França enquanto que Pedro nem dava sinais de vida.
-Como
é? -Roberta atende o celular e não entende nada. -Ligar onde? Mãe, eu não to...
Tá, espera...
Assim
que ela liga a televisão o queixo cai no mesmo instante. O jornalista
entrevistava um fã da banda que havia acampado com mais centenas de outros na
frente do estúdio onde eles gravaram o primeiro CD.
"Rebeldes
pra sempre! Rebeldes pra sempre! Rebeldes pra sempre!"
O
coro gritava na frente das câmeras, os cartazes em mãos já derretidos da
neblina da noite e alguns realmente choravam seus ídolos unidos outra vez. Exigiam
que eles aparecessem para lhes dar uma explicação.a
Roberta
no sofá morde o lábio e sorri emocionada com os olhos apertados e uma grande
euforia. Com certeza os amigos iriam logo descobrir.
Dito
e feito.
-Como?
-Alice se assusta com a ligação de Eva. -Eu não posso falar agora mas... Tá, eu
vou procurar então... Que site é?
Em
Portugal as coisas não são diferentes, Carla havia acabado de se apresentar e
estava chegando no quarto de hotel junto a Tomás quando um bombardeio de
ligações e emails foram aparecendo de todos os cantos.
Beth,
mãe de Pedro também já havia visto o jornal e o conta tudo ao vê-lo chegar do
trabalho.
O
único que nada sabe até então é Diego, mas assim que abre a porta, Roberta
corre até ele.
-Lindo!
-Ela lhe dá um beijo mal correspondido.
-Oi...
O
rapaz tem o semblante cansado, já passam das 7 e ele parece em órbita.
-Diego
eu tenho uma coisa pra te contar, você nem vai acreditar!
-Tem
que ser agora? -Ele mal a olha e vai retirando a roupa e jogando pelo sofá.
-Tem!
É...
-Eu
queria um pouco de sossego.
-Mas
é sobre a banda!
-Até
quando isso? -Ele fala alto e depois diminui vendo que ela se cala. -Acabou...
Não tem mais banda... Vida real... Chega de sonhar.
-Claro
que não! -A garota pisa firme. -A gente pode levantar esse sonho! -Ela vai
falando alegre enquanto ele se senta no sofá sem olhá-la. -A gente é um grupo e
agora as chances de que tudo volte a ser como era, que a gente volte a sonhar
com a vida nos palcos e tudo mais, retorna! A gente vai voltar a ser rebeldes
como foi dito e...
-Chega!...
Dá pra me deixar em paz? -Diego a mira enraivecido. -Meu dia foi horrível e eu
só quero isso!... Paz!
Roberta
engole seco e não tem voz. Até mesmo Diego se assusta com o que acaba de fazer.
-Por
que... Porque tá falando assim comigo? -Ela fica perdida quando em alguns
segundos recobra o poder da fala.
onde foi esse beliscão??? o.0
ResponderExcluiramei, adoro ver ela com ciumes e ele todo bobo puxando por ela até q ela confessa r eles riem juntos.
ResponderExcluirposta mais pf
amei ele com ciume fica fofo nao faz eles terminarem
ResponderExcluirKkkkk Que menina asanhda mas afinal onde foi o biliscão?? kkkkkkk 0_o
ResponderExcluir-Tentaram invadir um playground particular e foram metralhados.
ResponderExcluir-Hm... –Roberta tenta não rir. –E vai haver uma chacina se ela beliscar aí de novo!
Ri litros!!!!
Cada dia melhor Aline....
Darly
To rachando de rir Aline!
ResponderExcluirTa demais,voce e uma otima escritora!
(bjs Julia)
Posta +++++++++++++++++++++++++++
ResponderExcluirTa muito bom e engraçado, morrendo de rir aqui !!!
Parabéns Aline
posta o resto por favor !!!!!!!
ResponderExcluirHеllo there, just becamе aωarе of уour
ResponderExcluirblog through Google, аnd found thаt
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