Depois de duas semanas, Roberta e Nina já estão bem
habituadas à casa dos Maldonado. Os meninos, principalmente Danilo, estão
sempre brincando com a menina e são muito protetores. Sílvia é atenciosa e
Leonardo baba a neta o tempo todo, o que lhe dá muito assunto com Roberta.
-Ela me lembra a Márcia quando era bebê. –Ele traz um
álbum de fotos e entrega a ela. –Olhe só.
Roberta revira as fotos e encontra realmente algumas
semelhanças. Quando chega às fotos de Diego, fica chateada de ainda estar
brigada com ele, mas tenta disfarçar.
Está tudo correndo tão bem que acredita
que tenha sido uma paranoia imbecil de sua cabeça e não deveria ter ficado tão
brava. Ficar sozinha com a família dele não está sendo nada ruim. Finalmente
está se dando bem com Leonardo e isso parece inacreditável.
Na segunda semana de janeiro, ela retorna às aulas da
faculdade e uma nova rotina se instala. Pela manhã, os meninos vão para a
escolinha e Sílvia toma conta de Nina enquanto Roberta está na aula. À tarde,
ela volta para cuidar da filha e encontra Patrícia cuidando dos meninos. Está
cada um no seu canto e esperam que fique assim.
No entanto, com o passar de uma semana depois que as
aulas começaram, Roberta nota que a filha está estranha, mais quieta que o
normal.
-Oi amor! –Ela se debruça no berço assim que chega da
aula e a menina olha séria para seu rosto. –Me dá um sorrisão?
Nina analisa o rosto da mãe e esboça um sorriso fraco.
Roberta a retira do berço, acreditando que possa estar se sentindo mal.
-O que foi? Hein?
Logo quando a abraça, ouve um chiado em seu peito e fica
assustada. Coloca a mão em seu rosto.
-Não está com febre.
Nota que a respiração está cansada, mas não poderia ser o
que suspeita. A médica disse que estava bem e que não desenvolveria problemas
respiratórios se estivesse sendo bem cuidada. Será que está fazendo algo de
errado? Não está cuidando direito dela?
Ela pega o telefone
e Nina abraça o seu pescoço, deitando a cabeça em seu ombro enquanto ela disca
o número. Está bastante desanimada.
-Alô. Por favor, eu gostaria de marcar uma consulta com a
pediatra. Sim, Drª Cecília.
Depois de alguns minutos resolvendo o assunto, Roberta
finalmente desliga o telefone e o joga de lado.
-Amanhã a gente vai ver a tia Cecília. Lembra dela? Ela
te deu um pirulito da última vez. Lembra de ter grudado ele no cabelo do papai
e da mamãe ter rido? –Roberta tenta sorrir, mas está difícil. Dá um beijinho na
cabeça de Nina enquanto se senta na cama, deitando-a nos braços. Ela não tira
os olhos dos seus. Respira com a boca aberta, o peitinho subindo e descendo
alto. Isso deixa Roberta angustiada. Talvez toda a confusão do último mês
esteja fazendo isso com ela. Sabe bem que, quando era criança, sempre tinha
crises de asma quando sua mãe ficava muito tempo fora nas turnês ou seu pai
ameaçava tirar sua guarda e a levar com ele.
-Eu sei que sente falta do papai e da nossa casa. –Diz
passando a mão em sua cabeça. –Mas logo tudo vai voltar a ser o que era. Eu te prometo.
***
No dia seguinte, Roberta pega o rumo da clínica da Drª
Cecília. É atendida por volta das 09h40min. A médica confirma suas suspeitas e diz
que realmente a menina pode estar desenvolvendo asma.
-As coisas estão normais em casa?
-Na verdade, não. –Roberta confessa. –O pai dela está
fora há quase três semanas. Nós estamos morando provisoriamente na casa dos
pais dele e minhas aulas voltaram então... Fico menos tempo com ela.
A médica ouve e prescreve alguns medicamentos.
-Essa mocinha vai ficar boa logo. Só precisa ver se são
apenas as mudanças que a estão incomodando. Sugiro que investigue. –A médica
pisca e elas se despedem.
Quando volta para casa, Roberta já está mais aliviada,
mas pensa insistentemente no que a doutora disse. Será que são apenas as
mudanças que estão fazendo isso com Nina, ou há alguma outra coisa?
Está subindo as escadas com a filha dormindo no colo
quando o motorista de Sílvia chega com os meninos da escolinha. Eles entram
correndo e a apanham ainda na escada.
-Você chegou mais cedo! –Bruno observa.
-Não fui à aula hoje.
-Onde você foi?
-Levei a Nina ao médico.
-Ela está doente? –É a vez de Danilo perguntar.
-Ela vai ficar bem. Só não pode ficar triste ou
assustada.
-Foi o que eu disse à Patrícia, mas ela não me ouviu.
Roberta para com o susto e segura Danilo pelo braço.
-A Patrícia esteve com a Nina?
-Ela gosta de brincar com a bebê. –Bruno revela. –Tem
chegado cedo todos os dias para brincar com ela. Até se esquece da gente.
Roberta sente sua alma congelar de pavor. Não há nenhum
motivo bom para que aquela mulher quisesse passar algum tempo com sua filha.
-Venham comigo. –Ela os leva para o quarto e enquanto deita
Nina no berço, pede para que contem tudo que tem acontecido desde que ela
voltou a frequentar a faculdade.
Os meninos explicam que Patrícia chegou mais cedo desde
que as aulas da faculdade voltaram. Sempre por volta das 11h00min ela aparece e
sobe direto para o quarto ver a bebê. É a hora em que todos estão almoçando.
-Eu vi ela brincar. –Conta Bruno. –Ela debruça no berço e
faz careta. Uma vez ela trouxe uma máscara muito feia que escorria sangue,
vestiu e acordou a Nina no berço. Quando a bebê viu, deu um grito e começou a
chorar na hora. A Patrícia riu muito. Ela não percebeu que a gente tava
olhando, né Danilo?
-É, não percebeu. –O irmão confirma, sem perceber o
horror no rosto de Roberta.
-E o que é bastarda? –Bruno pergunta de repente. –Sempre
vejo a Patrícia chamando a bebê de bastarda.
-Também ouvi! –Danilo completa. –Fica um tempão olhando
ela do berço, cutucando com a unha, não deixa ela dormir, assusta ela e fica falando
nomes estranhos como “bastarda”, “bastardinha”. Eu disse pra não fazer, mas não
me ouviu. Disse que a Nina era má e precisava ser castigada. Mas ela não é má,
não é? Ela não faz nada.
Roberta se sente nauseada e seu estômago começa a se
contrair com uma dor muito forte. Está em choque, repleta de horror. Ao se
levantar da cama um pouco tonta, vai até o berço da filha. A bebê está virada
de lado e dorme tranquila. É tão pequena, ela pensa, não tem força alguma, não
tem nenhuma maldade. Seus olhos se enchem de lágrimas e é como se tivesse uma
mão esmagando seu coração dentro do peito.
***
Naquela tarde, quando Patrícia chega à mansão, Roberta
está do lado de fora a sua espera.
-Olá querida. –A babá sorri com desdém e retira os
óculos, subindo ao seu encontro. –Chegou mais cedo também. Por causa da sua
filha, né? A Sílvia me disse que ela está doente. Pobrezinha...
Roberta a encara por um segundo e em seguida, sem nenhum
sinal de que fosse fazer isso, lhe dá um tapa em seu rosto com tal força que
derruba a garota no chão. Em seguida cerra as mandíbulas e a encara de cima.
Pode perceber o susto e a dor que Patrícia está sentindo.
-Eu vou te matar!
Roberta sobe em seu peito e começa a esbofetear o rosto
da babá até ficar muito vermelho. Não importa o quanto Patrícia tente fugir,
Roberta é muito rápida e aproveita que a rival está desorientada pela queda e
lhe dá a maior surra de toda sua vida, que inclui arranhões, puxões de cabelo,
socos e bofetadas.
Os empregados ouvem o barulho, olham da janela, mas não
avisam os patrões. Eles não gostam de Patrícia, mas gostam de Roberta e sabem
que ela deve ter seus motivos para estar tão brava.
Quando Sílvia chega a ouvir a briga, Patrícia já está
toda quebrada. Roberta a deixa com o cabelo feito o de uma vassoura, o vestido
rasgado, o salto de uma das sandálias quebrado, o nariz sangrando, cheia de
arranhões e o rosto inchado e vermelho como um tomate.
-Roberta! –Sílvia a segura para que não continue. –Te
disse para deixar isso com o Leo!
-Impossível! Ninguém mexe com a minha filha!
-Olha o que ela fez comigo! –A garota chora. –Desgraçada!
Eu vou te processar, vou te por na cadeia!
-Se eu fosse você ficava quieta. –Sílvia se coloca no
meio. –Meus filhos contaram o que você fez com a Nina. Nós temos excelentes
advogados e poderíamos te colocar atrás das grades agora mesmo.
-Não, por favor, eu não fiz nada. –Patrícia se levanta
assustada e tenta segurar as mãos de Sílvia, mas esta se afasta.
-Saia da minha casa e não volte mais aqui!
A garota chora, mas quando percebe que não vai adiantar,
mira Roberta com perversidade.
-Eu te odeio. –Diz se inclinando para ela. –Tomara que a
sua filha fique a cada dia mais doente, tomara que você a perca, tomara que
ela...
Roberta lhe dá um soco na boca antes que termine a frase
e a garota perde o equilíbrio, tendo de se escorar no muro. Ela olha para
Roberta e para Sílvia por um instante, como quem lança uma maldição.
-Vocês não sabem as consequências que isso vai ter. Mas
não sabem mesmo!
-Seguranças! –Sílvia chama e dois brutamontes aparecem no
gramado. Já estavam esperando. –Tirem essa mulher da minha casa. Joguem-na na
rua!
Posta +++++++++++++
ResponderExcluirAmeeii *-*
Tomara que essa Patrícia morra !
Uhullll amei a surra bem merecida!
ResponderExcluirDarly
eu quase chorei aqui :'( tô com medo.
ResponderExcluirPerfeito demaaais! Amo mto sua web posta maaaaaais pfv, eu piro esperando novos cap e imaginando o q vai acontecer!
ResponderExcluirbeijo :*
aaaaaaaaaaaaah! Eu vou morrer... Q capitulo perfeito!
ResponderExcluirUooooooooool que surra foi essa?
ResponderExcluirPatrícia se lascou kkkkkkk
posta maissssssssssssssss to quase tendo un surto aqui +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
ResponderExcluirUou três capitulos u.u já valeu minha semana haha... A surra da Roberta na Patricia foi TDB. Eu até gritei aqui kkk
ResponderExcluirkarakas Aline muito legal a surra .. a web vai até que capitulo ?? -
ResponderExcluirPretendo levar até o 100 Carolina :)
ResponderExcluirNossa Line quando o Danilo e o Bruno estavam contando pra Roberta o que a vaca da Patricia tinha feito eu tive que me controlar por que ate eu quis dar uma surra nela!
ResponderExcluirAmeiii ta demais a surra foi muito merecida rsrss :)
Só ate o 100 Line faz mais capitulos pff :/
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