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Cap 85 - Uma overdose doentia de felicidade

  E tantas vezes o que quiseram foi estar assim, entre uma e outra ideia de que ninguém apareceria para incomodar, que ninguém os estaria espiando ou precisando falar com eles, ou mesmo exigindo que mantivessem a compostura. Não, não existe mais por que. E agora ficar juntos, nas suas próprias malícias, nos seus gestos íntimos, é simplesmente um direito concedido. E enquanto o tempo, a birra, a bobagem os incomodava, os deixava longe, tudo era vontade, tudo era devaneio. Agora, no entanto, é tudo uma questão de... Bom, de aproveitar...
-Hm... –Ela se solta e tenta se levantar. –Vamos subir!
Diego a puxa de volta pela cintura.
-Não, não vou aguentar até chegar lá em cima não!
  Roberta ri, sentindo a situação em que ele se encontra. O agarra pela gola da camisa, beijando sua boca com ainda mais vontade. Ele passa as mãos por sua cintura por baixo da blusa e desce agarrando sua coxa. Está mais aceso do que nunca. Ela passa as mãos por seu peito e retira sua camisa, arranhando sua barriga.
-O clube está te deixando cada dia melhor... –Ela morde os lábios, sentindo os músculos dele.
Voltam a se beijar e ela desce com a mão até seu umbigo e o provoca com as unhas enquanto o beija. Abre sua calça e na invasão, ele sente a paixão aumentar. Seu corpo fica rígido e tão quente quanto o próprio fogo.
  Ele se levanta da poltrona, levando-a até o sofá, onde caem de uma só vez. Roberta está divertida e o prende em um beijo profundo e devorador. Envolve os braços em seu pescoço enquanto ele percorre todo seu corpo com as mãos. Logo ele arranca dela a blusa e joga para trás. Nem vê onde cai. Vem beijando seu pescoço e aperta seus seios sob o sutiã. Ela suspira. Diego continua e começa a retirá-lo aos poucos para poder se aproveitar de cada milímetro do que ele esconde.
  O corpo inteiro dela pulsa e é perceptível. O dele não está diferente. A sala está silenciosa e com luz baixa. Já é tarde da noite e as cortinas estão abertas. Haviam se esquecido de fechar e o céu produzia uma luz prateada sobre o lugar. Logo todas as roupas estão espalhadas pelo chão. Eles se abraçam apertado e vão se unindo ainda os beijos. Roberta contrai o corpo quando o sente, aumentando o prazer dele. O beijo para e vão sentindo-se pouco a pouco. Devagar, olho no olho, sem pressa, entre carícias, uma invasão gostosa, sem receios, queimando por dentro.
  Ela se deleita com mansidão. A pele sentindo os dedos de Diego contornando sua cintura, passando pelas pernas, pelos seios, apertando os braços. Ele está mais agitado que o comum, as mãos menos cuidadosas que exercem mais pressão. Mas Roberta se entende com isso e duplica esse entusiasmo, mesmo não possuindo as mesmas forças. Usa dos dentes, com mordidas maldosas, gemidos ao ouvido que o deixam louco e contorções que mostra como é indomável.
  Diego está em êxtase, imerso em um mundo onde só existem os dois. E na compressão máxima, ele começa a se mover rapidamente, abraçando o corpo dela como se Roberta fosse fugir. E tomando posse de seu pescoço, vai beijando de um modo alucinante, sem cessar.
  Ela aperta os olhos, o abraça com toda a força de seus músculos, agarrando seu cabelo enquanto perde as forças no que sente seu corpo entrar em choque. Começa a se ver caindo de uma só vez no chão, de uma altura incalculável e seu corpo estremece, em seguida está voando leve sobre as nuvens e suspira. Mas ele, no entanto, apenas a observa, imerso na visão do prazer dela, que é algo que o fascina, bonito e recompensador.
  Mas ainda não terminou. Diego está o oposto dela, insaciável e provocante, tentando deixa-la outra vez no mesmo ritmo, no mesmo desejo. E entre os beijos e toques, nem veem como chegam ao banheiro. Sabem que algumas roupas chegaram em suas mãos e agora estão no chão, ao lado do box, mas está tudo tão irreal, que não parece mais do que dormiram no sofá, e que nada aconteceu.
-Londres ou Nova York? –Ele cochicha enquanto passa espuma de sabonete pelas costas dela.
-Nós não podemos... –Roberta se vira para ele.
-Precisamos de férias. Merecemos. –Diego segura o rosto dela. –Nós três sozinhos, vamos conseguir passar sem preocupações, por mais de um dia? Temos sempre tão pouco tempo... Eu quero fugir daqui, de tudo isso.
-Fugir não resolve nada.
  Ela vira de frente, sem muita convicção. Ainda está pensando nos contornos do peito dele e a força de seus braços que a tomavam há minutos atrás.
-Não quero pensar no que é certo agora. –Ele não tem um olhar normal, está inconsequente como no início, quando se conheceram. –Você também gostaria.
Roberta respira pela boca, que dança frente à dele, querendo se unir a ela.
-Londres, você sabe...
Diego sorri.
-Só queria confirmar. –E ao voltar a beijá-la, não para mais. Sente que é isso que ela queria e que queria muito.
  A água quente sobre os rostos, sobre as bocas, sobre os ombros, os cabelos e todo o corpo. Ao pensar nisso, ela não tem dúvida. Adoraria um tempo a mais de felicidade, apenas longe de tudo que conhecem. Não que o Brasil não seja um lugar que adora, mesmo sendo o país que todos nós conhecemos, com seus enormes defeitos. Mas ao pensar na neve, no friozinho do outro lado do globo, pessoas que não os conhecem, nada de julgamento, nada de cobranças. Apenas descanso, divertimento e prazer. Um pouco não é mais o suficiente, eles querem uma overdose doentia de felicidade.
  Diego a prende no beijo. Ambos nus, sentem a pele do outro colada ao extremo, apertada, tomando posse da outra, como uma sanguessuga. Ele a prende na parede e ergue suas coxas nas mãos. Ela prende as pernas em torno de sua cintura e o beija como se fosse engolir sua língua. Ele se introduz sem gentileza e Roberta o arranha e morde seu lábio. O movimento de Diego é alternado, ora lento e profundo, ora rápido e profundo. Um vai e vem agonizante e delicioso que se demora. Não deixava de querer tomar conta do corpo dela mais e mais, quase como alguém que não está em sã consciência.
 Os dois se sentem pegando fogo debaixo daquela ducha quente no meio da noite silenciosa. Um gemido, um ar pesado saindo dos lábios, a sensação de estar se despedaçando no ar. Diego sabe que ela está ficando cada vez mais difícil de controlar, mas também que nada é tão bom quanto imaginar que pode usufruir disso pelo resto da vida. Já entende que quanto mais puder leva-la a exaustão, antes do seu próprio prazer, mais pode aproveitar dos benefícios de ter uma fera nas mãos, fazendo com que se torne uma lebre frágil e manhosa.
  Roberta deita o queixo sobre os ombros dele sentindo as mãos fortes apertarem suas coxas, assim como o corpo de Diego vindo de encontro ao seu inúmeras vezes sem parar. Delirante, irreal, preenchendo-a, desnorteando suas ideias. Ela morde os ombros dele quando o sente acelerar com urros de prazer. Em instantes, não se sabe mais o que é suor e o que é água. Tudo é apenas tremor. É apenas os poros da pele deixando o corpo mais em contato com o lado externo das coisas reais.
  Deslizam pela parede ainda se beijando, se separando aos pouquinhos, terminando o banho com as pernas bambas.

***

  Alguns minutos depois, ela está deitada na cama com uma camiseta comprida, bem fininha. Tinha ido ao quarto da bebê, onde tudo continua sendo sonhos tranquilos e agora se entrega ao conforto da cama. O edredom vem até sua cintura e as mãos estão debaixo do travesseiro. Diego nunca a viu assim, tão livre, sensual e leve ao mesmo tempo. Tanto, que a observa alguns instantes antes de ir até ela.
  Ao acabar de escovar os dentes, ele liga o ar condicionado. Sabe que é assim que ela prefere dormir. Vem lentamente e se deita atrás dela. Sente o cheiro suave, o aroma delicado e impactante, a pele macia e convidativa. Ao passar a mão por seu braço, Roberta sorri e se vira para ele. A troca de olhar e de sorriso simples, onde não se mostra os dentes, parece dizer algo, mas o que? Eles não sabem. O desejo foi tão intenso. Não que outras vezes tivesse sido diferente, mas havia algo especial desta vez e ainda não conseguiam ver. Mas no abraço antes de dormir, Diego a aperta mais firme nos braços e Roberta puxa o edredom até o pescoço. Ficam encolhidos, muito aninhados um ao outro, em uma sensação de que se talvez ficassem assim, nada poderia fazer com que algo diferente acontecesse amanhã.



Comentários

  1. OMG, como consegues fazer isso tão perfeitamente? Maravilhoso!

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  2. Perfeito! Como sempre.Valeu apena o tempo de espera. Parabénss Aline.

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  3. Magnífico.. Sem palavras.. A cada dia você se supera com este imagine!! AMEEII

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  4. Maravilhoso, Line! Já tava com muitas saudades! <3 Bjs

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  5. Ficou ótimo, Aline!!!
    não tive tempo de ler ontem, porque o meu irmão tá no hospital e tá a maior correria aqui em casa.

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  6. Capitulo Perfeito... Sem palavras para definir, a nao ser Perfeito! Parabens Aline.

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  7. mt lindo
    ameeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei <3

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  8. Fico aqui impressionada como tu consegues escrever assim...com tanta naturalidade, é tão viciante, gostoso, hipnotizante, enfim é tão bom q começo a viajar em cada palavra escrita e imagino uma novela, e em cada palavra lida um sorriso e uma sensação gostosa de se sentir...isso me cativa em sua web ela tem o poder de me prender! :) PARABÉNS PARABÉNS E PARABÉNS
    Talita
    @Smi_Lita

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  9. Aline,eu já vinha lendo essa fic pelo Nyah!,e por acaso achei seu blog. Vi que tinha a continuação do seu último capítulo postado e li.
    Eu levo o seu modo de escrever como uma inspiração para a minha fanfic,acho que com suas notas poéticas no início de cada capítulo é como se fosse um aperitivo antes do prato principal. Só lhe devo elogios e agradecimentos por poder nos alegrar em dias tristes,fazer despertar o desejo de escrever... Parabéns! =)
    Mariana!

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  10. Nossa! muito lindo.

    tava començando a ficar triste, vc passou um tempo sem nos da essa alegria de ler sua web.. mas ainda bem que vc voltou e como sempre, mandando beeem ;)

    'Mariin Aguiar

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  11. Nossa faz um mes que eu começei a ler o blogue e me apaixonei é demais as historias que voce escreve tá de parabens !! -

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