Durante o trajeto até a mansão, Roberta e Diego não se
falam. Ele não entende qual o problema, acredita que tudo estava certo e não se
lembra do que pode ter feito de errado para ela estar tão séria.
-Tudo bem, Roberta? –Ele pergunta enquanto dirige.
E o sorriso que ela mostra, de tão forçado, quase que o
assusta mais do que se ela tivesse ficado brava. Por esse motivo, não diz mais
nada, mesmo pensando muito no que Tomás havia lhe dito ao telefone. Agora era o
dilema: Dizer ou não dizer a ela que corria grave risco de encontrar sua filha
no mundo encantado da Barbie?
“Melhor não”. –Ele pensa. –“Ela está estranha demais”.
***
Assim que chegam e Diego estaciona no jardim da mansão,
Roberta já estranha.
-Quantos carros...
-Temos muitos conhecidos. –Diego tenta amenizar. –E então?
Vamos entrar?
-Claro.
E ao caminhar até a entrada, ela tenta esquecer qualquer
coisa ruim. “É o primeiro aniversário da Nina.” ela pensa. Não é um dia para
passar de cara amarrada.
Roberta segura a maçaneta e Diego fica um pouco para trás,
deixando que ela abra a porta. Acredita que é melhor ver a reação de longe para
não receber respingos de fogo.
E assim que a porta é aberta, sua figura forte se destaca,
criando um contraste com a decoração. Botas de salto, vestido preto e os cachos
jogados nos ombros. Ela coloca a mão na parede, olha de um lado e outro e
torce o nariz.
-Rosa?
-A gente tentou, Roberta. –Carla corre até ela. –Não fica
brava, a Alice só...
-É uma doida! E quem são essas pessoas?
-Atenção gente! Atenção!
E o grito do alto das escadas que a interrompe é da própria
Alice.
-Eu quero dizer algumas palavras agora que todos já
chegaram. Hoje é um dia muito importante... –E começou um pequeno discurso
falando sobre como estava feliz de organizar aquela festa para a afilhada.
Enquanto isso, Diego segura o braço de Roberta e cochicha para ela ficar calma.
-A Alice fez com a melhor das intenções, não seja grossa,
por favor. Olha quanta gente!
-Tá com medo de eu te envergonhar? É isso?
-Psiu. Olha! –Diego fez um sinal, parecia que Alice iria
anunciar a entrada da aniversariante.
Mas ninguém aparece e de repente Roberta ouve o choro.
-Nina? –E corre escada acima quando a vê surgir chorando aos
soluços no colo de Patrícia.
-Eu, eu não sei o que ela tem... –A garota se desculpa
enquanto Roberta retira a filha das mãos dela.
-Mas o aconteceu? –Roberta fica atônita e ao ver a menina com um vestido rosa cheio de babados e o rosto com maquiagem fica a ponto de explodir.
Ao perceber isso, Diego sobe para
evitar desastres.
-Ela ficou nervosa de repente. -Patrícia explica.
-Calma meu amor, eu to aqui! O que você tem? –Ela consola a menina que está agarrada em seu pescoço.
E por algum sentimento ou sensação estranha que lhe surge do
nada, Roberta levanta os olhos furiosos para Patrícia.
-O que você fez pra ela?
-Eu?
-Roberta, calma. –Diego tenta controla-la. –A Nina só está um
pouco agitada.
-Tá louco, Diego? –Roberta se exalta. –Ela tá tremendo! Tá é
com medo! E por alguma razão!
-Na verdade a culpa é minha. –Alice interfere, envergonhada.
–Ela não queria que a gente a vestisse, nem maquiasse, eu não sabia que ela
iria ficar desse jeito...
-Então você não sabia que ela não é uma das suas Barbie’s? Que fica parada bonitinha enquanto você faz o que quer? Vê se cresce! –Roberta a repreende. –E uma festa de patricinha
pra MINHA FILHA? De onde você tirou essa ideia? Além de vestir a Nina desse
jeito, ainda a deixa com uma maluca!
-Mas eu juro que... –Patrícia tenta se defender, mas Roberta se
volta para ela a ponto de jogá-la escada a baixo.
-Jurar? Eu conheço a minha filha e ela não fica assim por
nada. Você tem é sorte de eu ter de cuidar dela agora, porque se não eu acabava
com a sua raça aqui mesmo!
Nisso, Roberta sobe as escadas soltando faíscas, indo para o seu antigo
quarto enquanto na sala de estar o assunto rende entre os convidados que, mesmo
acostumados às cenas dos “rebeldes”, ficam espantados.
Patrícia, apesar de louca para dar uma boa resposta, não quis aparentar mal
educada perto de Diego e simplesmente ficou quieta.
-Calma, gente, está tudo bem, não houve nada. –Eva tenta
acalmar os ânimos. –Podem se sentar que os garçons vão servi-los. A aniversariante
só precisa de um colinho de mãe. Vocês sabem como são as crianças, mas ela logo
estará conosco...
E assim todos tomam os seus lugares, ainda comentando o
ocorrido.
-Diego! Será que podemos conversar? –Patrícia segura o braço
dele ao ver que vai subir para ver Roberta.
Ele fica sério olhando para ela e em seguida olha para cima.
Por um momento ela acredita que Diego está indeciso com relação ao que fazer.
-Agora não. Tenho que ver a minha filha e a minha namorada. –Mas ele a deixa
decepcionada, subindo as escadas e a deixando sozinha.
Nisso, Alice vai até ela.
-Me desculpe, eu não entendo o que deu na Roberta pra te
tratar daquele jeito. Foi como se ela tivesse visto você fazer alguma coisa pra
Nina.
-Pois é... –Patrícia desvia o olhar, se lembrando de como
teve de sacudir Nina e falar firme com ela para que a menina ficasse quieta e
não arrancasse a roupa que tanto a estava irritando. "As crianças sempre me obedecem" ela se lembra orgulhosa e continua:
-Mas não importa sabe? Afinal
eu não a conheço. O pior foi o que ela fez pra você que é amiga dela. –E rebate para sair do foco. –Sinto muito dizer, mas o jeito como ela falou da
festa, com o trabalho que deve ter dado pra montar e está tão linda. Uma amiga não faz isso.
-Realmente deu muito trabalho. –Alice reconhece.
-Você não merecia isso.
-Eu devia saber... Roberta não gosta de nada assim tão...
-Feminino?
-É, mas é uma festa para uma menina, o que eu podia fazer?
-A Roberta tem o problema de muitas mulheres. –Patrícia
começa a manipular.
-Qual problema?
-A natureza foi ingrata com ela. Deveria ter lhe dado um
menino. Ela saberia lidar melhor.
-Mas a Roberta ama a filha! –Alice exalta.
-Sim, claro. A gente nota. Mas pelo que percebi a Roberta é
do tipo durona, toda “rock and roll”...
-E o que tem isso?
-Não combina pra ela ser mãe, e muito menos de uma menina.
Se ao menos o género da criança ajudasse.
-Acho que muitos estranham mesmo. –Alice analisa. –Ela
sempre foi a mais rebelde e agora a vida dela tomou um rumo que ninguém
esperava.
-No fundo eu tenho pena de pessoas assim, sabe? Que entram em situações nas quais não se encaixam. Só não
entendo como ela quis ter um bebê.
-Não, mas ela não quis, foi um acidente. –Alice cochicha.
-Sério? –Patrícia fica interessada. –Então eles não queriam?
-Não. São muito jovens. Quem quer ter filho nessa idade?
Agora o pai da Roberta até quer levar a menina com ele pra Roma, pra Roberta
continuar os estudos. Não acredita que ela é capaz de criar a filha.
A garota fica de queixo caído com a informação, mas como vê
Carla, Pedro e Tomás subindo as escadas, não dá corda para a conversa. Talvez
os outros não conseguissem acreditar nela tanto quanto Alice e era melhor ser
reservada.
-Bom, já que seus amigos estão chegando, eu vou ver como
estão os gêmeos...
-Ok, valeu pela ajuda! –Alice se despede.
E assim ela sai, satisfeita por saber um pouco mais sobre
aquele interessante casal.
***
Roberta está no quarto.
A primeira coisa que fez quando chegou lá foi trocar a roupa
de Nina e começar a retirar a maquiagem de seu rosto. Não acredita na falta de
bom senso de Alice em vesti-la daquela forma e ainda por cima maquiá-la como se
fosse uma boneca. Além disso, que garota estranha era aquela com quem Alice
a havia deixado? Os pensamentos que vão surgindo deixam Roberta irada.
-Se aquela vad... Aquela... Se aquela “garota” te fez alguma
coisa, eu mato ela! Eu juro que mato! –Nina deita a cabeça em seu ombro,
ainda soluçando. –Shiu... Se acalma meu anjo... Já tá tudo bem... Tá?
Roberta balança de um lado e o outro, tentando acalmá-la. A envolve em um abraço e a rodeia de carinhos. Não quer que tenha um dia ruim,
não pode ter um dia ruim. E assim fecha os olhos e começa a cantarolar uma melodia. Vai
deixando um tom suave surgir de sua garganta, sem pronunciar as palavras. E
enquanto ela canta, de forma serena sob os raios de sol que vem pela janela,
Nina vai se acalmando e respirando cada vez mais baixinho. Tudo vai passando, o
coraçãozinho voltando ao compasso normal. Nada de tristezas, nada de medos,
nada de terror.
E com esse momento de calma, ambas não percebem que Diego
abre a porta. Ele iria dizer algo, mas dá um passo para trás como quem observa
um passarinho no parque e não quer que ele voe assustado. Roberta está tão linda. Nem parece real. Imagina que a qualquer momento ela vá criar asas e sair voando
dali. Sua voz parece confortar também a ele que há tempos sente o sossego
faltar e sobrar preocupações.
Em um instante, porém, ela abre os olhos levemente em
direção à porta e o vê, parando automaticamente de cantar.
-Não, não se incomode comigo. –Ele diz, cuidadoso.
-Eu não sabia que estava aí.
-Eu só queria saber se ela está bem.
-Tá sim, tá mais calma.
Diego chega mais perto.
-Oi filhinha... Oi pequena...
E vai rodeando as costas de Roberta tentando chamar a atenção de Nina. Logo dá um beijo nos dedinhos dela que estão segurando no ombro da mãe. Propositalmente uma parte do beijo cai também nos ombros e a sensação do toque de Diego na pele faz Roberta sentir um arrepio que não queria.
AFFF DA VONTADE DE MATAR ESSA PATRÍCIA,QUE MULHERZINHA MAIS NOJENTA,ECA!
ResponderExcluirAMEI!
Meu Deus, se eu pudesse mataria essa Patriciaaaa! Que raiva!E Alce mais uma vez, cai como patinha...
ResponderExcluirJá podemos matar a Patricia e a lerda da Alice?
ResponderExcluirNinguém merece kkkkk
EU ESPERO Q O DIEGO E A ROBERTA VEJAM ESSA ***** TENTANDO MALTRATAR A NINA!
ResponderExcluirCOITADINHAAAAA!!!
ROBERTA TEM Q ACABAR COM ELA, E O DIEGO PODE DEIXAR O CAVALHERISMO E DIZER PRA ONDE ELA DEVE IR!!
Posta ++++++++++++++=
ResponderExcluirEssa Patrícia é uma cobra !! Machucou a Nina, tadinha !
Ta muito bom!!!!! posta maisssss
ResponderExcluir++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
ResponderExcluir++++++++++
ResponderExcluiraline quantos capitulos falta pra acabar????
ResponderExcluirNossa to roendo as unhas de raiva... Argh... Q nojo dessa Patricia... Posta maaaiiisss
ResponderExcluirGente vamos combinar que seria bem melhor se essa patrícia fosse traficada pra turquia ?
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Fani Santos concordo plenamente essa nojenta tinha que morrer u.u
ResponderExcluirPatricia morta agora aline u.u... Obrigada kkk
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