É feriado, dia primeiro de janeiro. Diego está sentado no sofá, esparramado no
encosto com os pés na mesinha de centro. Nina, sempre dorminhoca, está apagada
em seu colo. Ele tinha aceitado o acordo, teria sempre sua vez de cuidar dela.
Mas para sua sorte, nesse dia a menina já está exausta demais para ainda conseguir
fazer travessuras.
-Um aninho. –Diego passa a mão pela
testa dela, sorrindo. –Tá crescendo rápido demais...
-Não... Ainda falta muito pra isso.
-Hm!... –Roberta ergue as
sobrancelhas. –Já tá com ciúmes, é?
-Claro que não. Imagina. Mas ela
ainda é um bebê. –Ele olha bem para a filha. –Se bem que...
-Que foi?
-Ela podia ter nascido mais feia,
né?
-Tá doido Diego? –Roberta ri com
estranhamento.
-Olha pra ela, Roberta... –Ele
aponta. –Ao trabalho que essa menina vai me dar!
-Por enquanto o único trabalho que
ela dá é com fraldas e mamadeiras. –Roberta brinca com as mãozinhas da menina.
-Eu vou é começar a treinar karatê
desde agora. Só você já me dá muito trabalho, com as duas então, eu...
-Espera, espera... Como é? –Roberta se diverte. –EU te dou trabalho?
-Acha que eu não vejo como aqueles
caras da faculdade te olham, não?
-Me olham normal, ué!
-Na-na-não. –Ele faz com o dedo. –Eu
sou homem, conheço o olhar, é de caçador!
-Ahh... –Ela cerra os olhos, se
fazendo de desconfiada. –Então você entende de caça é?
-Claro. Sou um ótimo caçador.
-Caçador!? –Ela interpreta mal e se
exalta. –Espero que aposentado se não quiser perder os dentes!
-Não dá pra me aposentar. –Ele
brinca, se referindo a ela com os olhos de menino arteiro. –Tenho uma presa muito
selvagem e essa caçada nunca termina.
Roberta vira o rosto prendendo o riso. Que vontade
tem de bater e beijá-lo ao mesmo tempo.
-Sabe qual é o seu problema?
-Hm?
-Eu te deixei muito convencido! –Roberta
cruza os braços. –Mas tudo bem... Vamos ver se você é bom nisso mesmo.
-Como assim? –Ele fica curioso.
-A gente vai fazer o teste, ué. Já
tenho o meu desejo. Não se esqueceu dele, eu espero.
-Claro que não. Mas que tipo de
desejo vai ser?
-Vai ter que me pegar, caçador... –Roberta
pronuncia provocante.
E assim que diz, se levanta deixando-o no
vácuo. Sobe para o andar de cima enquanto Diego permanece com Nina, que nem ao
menos havia se mexido durante toda a conversa. Ele fica pensando com um sorriso
maldoso no canto do rosto. Tem várias interpretações para a frase dela e
nenhuma muito inocente.
Logo que volta a si, olha para a filha e se
levanta.
-Vamos pra cama, meu anjo? –Ele vai
falando escada a cima. –É, o que vai ser de você vivendo comigo e com a
Roberta, hein? –E ri enquanto Nina não faz ideia do que ele esteja falando. –Mas
não se preocupe filha, vou fazer uma poupança pra pagar sua terapia.
***
Nesta mesma noite, Pedro sai de casa com sua
moto acelerando pelo asfalto ao encontro de Alice. Quando ele chega ao
apartamento onde ela continua a morar com Márcia, percebe que está tudo bem
agitado por ali.
-Oi! Tá muito
ocupada? –Pedro vai entrando ao mesmo tempo em que dá um beijo em Alice.
-Pra
você ver! Estávamos só a Márcia e eu, mas agora vem mais uma pra morar com a
gente.
-Quem?
–Pedro senta no sofá e a namorada vem junto.
-Você
nunca vai adivinhar.
-Então
é melhor me dizer.
-A
Vitória... –Alice faz cara de quem está se aguentando para não morder o nome.
–Eu odeio dividir apartamento, agora com essa garota ainda mais. Eu não confio
nela, além dessa garota ser uma fofoqueira.
-Então
porque aceitou?
-É
amiga da Márcia e ela agora está que nem o Diego, querendo ser independente,
quer trabalhar e pagar a parte dela no apê, mas o que ela ganha não dá, então
precisamos de mais uma garota pra dividir despesas.
-Mas
só encontraram a Vitória?
-Que
nada, ela que pediu.
Pedro franze a testa e fica pensativo. Isso
não parecia dar certo. Alice logo interrompe o silêncio.
-Você disse por telefone que tinha algo pra me
contar, não é?
-Ah,
sim, mas é uma coisinha atoa. Eu já falei com o Tomás e a Carla. É que o Diego
quer que a gente ajude ele a fazer a festa da Nina.
-Ah!
–Alice leva a mão a boca soltando gritinhos. –Coisinha? Como assim, amor? Isso
é um marco! É sério isso?
-É,
por que ele tá...
-O
primeiro aninho da minha lindinha! –Alice nem ouve. –Eu vou fazer uma festa
digna de uma princesa pra ela!
-É melhor não ser rosa, hein... –O namorado
avisa.
-Porque não?
-A Roberta te mata se você colocar a
filha dela no mundo da Barbie.
-Ah, Pedro, se eu não ensinar a Nina
a ser uma menininha, quem vai ensinar?
-Não exagera Alice, a Roberta nem
veste ela como menino.
-Mas ela é uma bonequinha e a
Roberta nunca colocou umas rendinhas nela, uns lacinhos, uns vestidinhos
engomadinhos... –Os olhos da patricinha brilham. –Imagina só amor, como eu
poderia deixar aquela menina mais fofa ainda!
-Ela é uma criança, Alice, não é uma
boneca!
-Ai, a Roberta já me disse isso. –Ela
bate o pé, irritada. –De que lado você está, afinal?
-Do lado certo! –Pedro tenta
explicar. –A filha é dela, não nossa. Nós somos só os padrinhos e nem “padrinhos”
de verdade.
-Como que não? Tomás e Carla batizaram
e nós consagramos, além disso, somos tios também, tá?
-Sei não. É melhor ir de leve.
Mesmo Pedro avisando, Alice nem parece ouvir,
já está com a mente longe, pensando em cada detalhe da festa da sobrinha, com
um sorriso de orelha a orelha.
***
O dia amanheceu e Diego não conseguia nem ao
menos encostar em Roberta.
-Não senhor. –Ela desvia de um beijo
na nuca quando se arrumava frente a penteadeira. –Você tem que se preparar.
-Pra te beijar?
-Hm... –Ela revira os olhos rindo. –No
mínimo. Porque eu to esperando o máximo.
-Meu Deus. –Diego a segura pela
cintura e olha de cima. –O máximo?
-Claro. Não é isso que se espera de
um caçador?
-Talvez. Mas o destino da presa é
ser devorada, não se esqueça.
-Ah é? –Ela provoca. –Quero ver se
vai conseguir me pegar. –E morde os lábios enquanto Diego chega mais perto de
seu peito.
-Pegar tipo... –Ele puxa com força
contra seu corpo e Roberta geme. –Assim?
-É... –Diz entredentes. –Bem apertado...
Diego chega os lábios e Roberta fecha os
olhos, eles quase se encostam, já sentem o calor do organismo, tem a lembrança
do sabor e da textura ali sempre presente.
-Ok. –Ele a solta, respirando fundo e
a deixando decepcionada. Roberta já esperava um belo beijo.
-Que foi?
-Já que você quer... Vamos à caça.
Roberta para um segundo, sorri e depois dá um
passo até ele.
-Então até à noite. –E segurando seu
rosto com uma das mãos ela deposita um beijo demorado no canto de sua boca,
apenas para provoca-lo mais uma vez. Era necessário a sua vaidade.
Quando ela passa, no entanto, Diego se segura
para não agarrá-la e puxar de volta. A vontade que tem é de jogá-la naquela
cama e fazer amor com ela a manhã toda, sem parar, até que nenhum músculo
esteja se equilibrando.
Mais um capítulo perfeito!!! =D
ResponderExcluirperfeito demais!! amei
ResponderExcluirPerfeito
ResponderExcluirDiego safadenhooo
ResponderExcluirPerfect >.< ++++++++++
ResponderExcluirque lindo!
ResponderExcluirMuito bom... Vc cada dia fica melhor!
ResponderExcluirParabéns
diego mt safado
ResponderExcluirÓtimo, quero +++++++++++++++
ResponderExcluirAi meu Deus, como lidar com as esses dois? perfeitos demais! *-* Posta mais, por favor...
ResponderExcluirPosta ++++++++++++++++++++
ResponderExcluirAmei *-*
amo esses dois! a Alice como sempre meio loquinha, mas o casal Diro..... sempre o melhor! amo dimais sua web!!
ResponderExcluirEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEUAMOAMWEBEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEUAMODIROD+EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
ResponderExcluir#TOMEIALOUCAHOJEMASAMOAWEBEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
Ameiiiiiii!!! Quando vc posta ++??
ResponderExcluirpelo amor de deus posta mais!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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