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Cap 47 (faculdade) -Bullying e vingança


Bom gente, eu sei q metade dos leitores não queriam o que acabo de escrever, mas já q a enquete ganhou, tentei fazer do jeito mais legal e diferente q consegui. Espero q mesmo os q ficaram chateados com o resultado possam ler sem preconceitos e avaliar. Tb não é meu tema preferido, cansei de dizer o qto acho isso clichê, mas resolvi ser justa e se a maioria quis, aí está...

Um passo como se fosse um salto. Seu jeito de entender o espetáculo naquela praça não era o jeito mais simples de alguém que não estava bem àquela altura. A vida estava querendo provar a sentença que havia determinado em um futuro que poderia ser extremamente doce ou de um azedo macabro.
Há algumas crianças na praça, vestidas de soldados para uma apresentação ao ar livre. Roberta caminha entre elas atrás de Caíque, que a leva pelo braço.
-Que é que tá acontecendo?
-Vamos encontrar o Diego.
-Estou falando dessa criançada. –Roberta quase tropeça em um deles e desvia o melhor que pode. –O que está acontecendo aqui?
-Eu vou me apresentar! –Ele virou para ela e sorriu, como um desequilibrado. Em seguida atravessou os carrinhos de pipoca e algodão doce.
-Você tá ficando maluco?
Roberta começa a se arrepender de tê-lo seguido e ainda se sente um pouco mal. A confusão de suas ideias e a rapidez como tudo acontece ainda persiste fazendo-a não pensar direito.
-O Diego não está nessa baderna!
-Olha, o meu irmão! –Ele aponta para a multidão.
Roberta olha e procura. –Eu não vejo eles!
Antes que ela fale algo mais, Caíque se apressa e a deixa para trás. É quando a garota o segue até um lugar mais reservado, depois das árvores, de altos arbustos e imensos postes. A música tocava e os soldadinhos marchavam em um lugar que eles não viam, nem eram vistos.
Quando Roberta chega, vê Caíque no meio de um pequeno coreto, batendo continência. De repente ele abaixa os olhos para ela e sorri malicioso e a chamando-a. 
-Venha, quero te contar uma coisa.
Ainda desconfiada, ela vai até ele, mas para ao pé da pequena escada.
-Você disse que viu o Diego aqui.
-E eu o vi! –Ele desceu os degraus. –Há uns dez anos.
E quando Roberta trocou um último olhar com ele, sentiu um arrepio percorrendo a espinha. Arregalou os olhos e tentou fugir, mas o garoto estava perto demais para perdê-la e a arrastou para dentro do coreto, onde se abaixou com ela e a adormeceu com clorofórmio antes que alguém ouvisse seus gritos.

Ainda no meio da multidão, Caio e Diego também desviam das crianças até chegar ao coreto, onde o encontram.
-Seu desgraçado!
-Não Diego! –Caio o segura antes que ataque seu irmão. –Ela não está aqui, vê?
Ao olhar ao redor, mesmo constatando que sua namorada não está, Diego não consegue se acalmar o bastante para ser solto.
-O que você fez? –E mirou Caíque. –Anda, cadê ela? Fala ou eu acabo com você!
O irmão de Caio sorriu com sarcasmo e se sentou no topo da escada que continha apenas quatro degraus e começou e olhar para as unhas.
-Você vai ter que procurar! Como nos velhos tempos.
Diego tenta entender as palavras dele, mas não se lembra. Se confunde com a fala ao mesmo tempo em que olha para todos os lados à procura da namorada.
Roberta! –Ele começa a chama-la sem parar e roda em volta do coreto olhando para as árvores e arbustos com a esperança de vê-la sair de algum lugar, como mágica.
-Não gosta mais de brincar comigo? –Caíque olha para seu irmão. –Eu sei que antes gostava.
-Do que você está falando? –Diego se volta para eles.
-Não se lembra da nossa infância, “amigo”? –O tom irônico irrita. –Acho que não, não é?
-Fala de uma vez o que você quer!
Desta vez o rapaz não teve muita paciência e partiu para cima de Caíque. E enquanto Caio permanece inerte com as mãos na cintura, Diego agarra seu irmão pelo pescoço.
-Porque tá fazendo isso seu louco?
-É vingança.
Diego se assusta ao ouvir a voz de Caio vindo de suas costas.
-O que?
Caio está sério, como poucas vezes se viu. Sua tranquilidade é quase medonha.
-Nós sempre fomos amigos, Diego. Sempre saímos juntos e tínhamos nossa turma. –Ele olha para o céu. –Mas as coisas para o meu irmão eram diferentes. –Você mexia com ele.
Diego soltou Caíque e olhou para um e outro, destacando em seu rosto o absurdo que achava de tudo aquilo.
-Isso faz mais de dez anos! A gente tinha o que? Oito anos?
-Quem bate esquece, não é?. –Caíque o encarou.
O rebelde não sabe se ri ou se se desespera. –Você estava ajudando ele, Caio?
-Eu vi o sofrimento do meu irmão todos esses anos. A síndrome do pânico é um mal terrível.
-Espera, espera... Deixa ver se entendi. –Diego ergue as mãos, exausto de tanta conversa de louco. –Entendo que você passou por momentos difíceis, mas vocês estão me responsabilizando por toda uma vida de problemas?
Caíque se levanta e continua com sorriso no rosto, como se já tivesse vencido.
-Você começou tudo naquele dia Diego! –E encena sobre o coreto. –Eu era um soldado, marchando com meu uniforme para me apresentar com as outras crianças e você e seus amigos me jogaram em uma poça d’água. Depois daquele dia não pararam de mexer comigo.
-Então aqueles soldadinhos...
-Eu ajudei a espalhar. –Caio confessa. –Foi tudo que eu fiz. Meu irmão disse que era só uma brincadeira, ele queria que você se lembrasse, mas não se lembrou.
-Ele tá se vingando de mim por uma coisa que fiz quando ainda nem sabia soletrar meu nome? E você tá do lado dele?
-Enquanto era uma brincadeira sim. –Caio confessa.
Diego pensa por um segundo, ainda em estado de choque e pensa insistentemente em Roberta.
-Cadê ela? –Diego avança outra vez, agora atacando os dois com empurrões. –Falem!
-Ela é o que você mais ama não é? –Ele ri como um psicopata. –Creio que já está com o resultado do exame. Era pra ser uma surpresa.
Diego pressiona os lábios e o suor desce em seu rosto com vestígios de dor. Vendo isso, Caíque continua, com satisfação.
-Mas vocês não vão ter um filho.
-Falsificou o exame? Fez que colocassem positivo? –Diego consegue forças para falar, ainda com amargura na língua.
-Não. –O maluco gira a cabeça para um lado e outro. –Só acho difícil uma criança sobreviver quando a mãe ingere altas doses de remédios. Na verdade, o que a fez engravidar foi eu ter trocado o anticoncepcional que ela estava tomando por alguns dos comprimidos que meu psiquiatra me fazia tomar. Acho que assustar vocês com a ideia de ter uma criança foi muito divertido, mas depois pensar que você sofreria com a perda de um filho indesejado para o resto da vida seria melhor. Um remorso te cai bem.
Diego não dialoga. Seu punho cerrado acerta os dentes, o nariz e os olhos de Caíque. Mesmo quando este cai no chão continua sendo alvo de sua raiva. Apanha de um jeito que nunca imaginou na vida e talvez tivesse ficado ainda mais coberto de sangue se Caio não estivesse ali para defendê-lo.
-Deixa ele em paz! Vai procurar a Roberta! Ela precisa de você!
Caio consegue retirá-lo de cima de seu irmão com o conselho, e mesmo que a amizade dos dois tenha acabado ali, Diego sabe que ele tem razão. Os minutos estavam se passando e era preciso encontrar Roberta, antes que não houvesse mais solução.
Ao pedir a algumas pessoas na praça para que ajudassem a procurar uma garota loira, magra, de 19 anos, conseguiu uma grande ajuda em sua busca. Depois de alguns minutos, cerca de meia hora, um senhor gritou que havia encontrado alguém.
-Onde? –Diego correu até lá, era alguns metros depois do coreto, o que era estranho, pois já havia procurado ali.
-Ela está atrás da cerca, olha, só dá pra ver se subir no banco.
O senhor deixou-o subir e então o coração de Diego veio à boca. Pulou imediatamente os arbustos amarelados e ao passar alguns metros, pôde se ajoelhar para abraçá-la. Roberta continuava serena e distante, dormindo como se nada tivesse acontecido.
-Me perdoa. Não posso mais errar com você. –Dizia apertando-a contra o peito. –Vai ficar tudo bem, minha linda, não se preocupe.

Comentários

  1. Ficou legal.. Que dizer ficou otimo!
    Vc escreve muito bem.. e isso ningem pode negar ,ne?
    Continua ae ! Ei Line ,a historia que vc vai começar agora e de roberta e diego ,ne?

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  2. #.. Aline, eu sou uma das pessoas que votaram na gravidez da Rob... Mas não é por isso que a história deixou de ficar boooa ! Você escreve muito bem, tendo gravidez ou não, a história continuou maravilhosa... Parabéens, mais uma vez !

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  3. Ahahah pirei , pena q meus créditos acabam hj e vou ficar sem crédito no celular até dia 30 =(

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  4. Ahahah pirei , pena q meus créditos acabam hj e vou ficar sem crédito no celular até dia 30 =(

    ResponderExcluir
  5. qdo vai postar o cap. 48 E QDO VAI COMEÇAR A NOVA WEB?
    tô muito ansiosa!A Roberta não podia perdoar o Diego tão fácil pois ele ñ acreditou nela de novo!

    ResponderExcluir
  6. Olha, sempre acompanho a web! E não queria q desse positivo, admito!
    Mas, tenho que dizer que até agora o final ficou muito boom,mesmo!
    Vc como sempre, Aline, mandou muito bem.
    'Mariin Aguiar

    ResponderExcluir
  7. Olha, sempre acompanho a web! E não queria q desse positivo, admito!
    Mas, tenho que dizer que até agora o final ficou muito boom,mesmo!
    Vc como sempre, Aline, mandou muito bem.
    'Mariin Aguiar

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  8. Ai Line eu fiquei esses dias todos sem o meu computador só fui ler agora e tá MARAVILHOSO minha flor!
    (Bjuss Julia)

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