A cabeça afundada em seu peito, os cabelos soltos
em seus braços. Sentí-la tão perto enquanto o temporal agredia a cidade é
trazer-se a uma paz única. Tem os braços dela em volta de sua cintura como duas
cortas apertadas e sua boca lhe tocava a gola da camisa de onde ouvia sua
respiração ansiosa.
-Tudo isso pelo susto? –Ele a abraça e balança devagar.
-Não... –Roberta sorri sem que ele veja. –É saudade...
Muita saudade.
Ela sobe o olhar na última frase e Diego larga o
abraço para segurar seu rosto. A garota tem um jeito doce encoberto na
rispidez. É algo que só ele tem acesso e se sente privilegiado por vê-la
completamente como é... De corpo e alma.
-Eu também... To enlouquecendo de saudade...
Roberta estica os braços cruzando em seu pescoço.
-Eu quero você... -E quando os lábios dele chegam, ela
lhe dá um beijo no momento de um clarão.
O namorado vai adentrando no interior aquecido de
sua boca que o recebe com vontade. O relâmpago faz com que ela se aperte ainda
mais a ele e o beije de modo profundo.
Quando se dá conta, Diego já está subindo sua
blusa. As roupas vão indo para o chão e o frio contrasta com o calor deles.
Ele entra com a mão direita em sua nuca, entre os
cabelos, facilitando um prazer maior no beijo. E assim a vai levando,
descendo-a até a cama, pousando sua coluna despida sobre o colchão e a cabeça
sobre o travesseiro. Tudo sem desconectar o beijo que a cada minuto
enlouquecia-os mais.
Roberta desce as mãos pelas costas dele enquanto o
sente em seu pescoço. Vai descendo mais e apertando, retirando sua calça. Ele
ao sentir ajuda e vai ficando quase completamente nu.
As mãos dela passeando por seu corpo, a maneira
como ela o olha, como fica ofegante e vibra o alucina cada vez mais.
Arrepios são sentidos quando ele retira dela o
sutiã, indo lentamente e descobrindo, beijando ao redor antes de retirar de
vez. Fica algum tempo ali onde o fôlego faz o peito subir e descer em um
compasso exaltado. Toca com carinho, pressionando as mãos e deixando-a trêmula.
Diego tem apetite pelo corpo dela e quanto mais a tem mais quer tê-la
enlouquecidamente.
A luz, antes pouca, agora é mais que o suficiente.
Um meio escuro, um meio clarão revezado com os raios da tempestade lá fora e um
momento íntimo de muito desejo guardado.
De olhos fechados ela o sente na boca. O corpo
inteiro sobre o seu se preparando para algo óbvio. Ambos se olhavam a semana
toda, sempre tendo-se poucas vezes nos braços e muitas vezes nos sonhos.
O abajur ao lado deles deixa uma massa de um falso
fogo subindo e descendo sobre a imagem um do outro.
-Linda... –Diego deposita um beijo quente em seu rosto
seguro com uma das mãos. –Minha linda... –E olha dentro dos olhos dela que
mesmo com o coração acelerado ainda sorri.
-Eu te amo...
-Também te amo... –Ele desce até os ouvidos dela com um
ar quente. –Te amo demais...
Os instantes de turbulências no estômago, de
queimar da face, de descontrole dos sentidos. Os instantes de ter vontades
incontroláveis e instintivas, de se estudar o outro com uma febre quase
alucinógena.
Quando o sente puxar suas coxas brutamente, Roberta
trava as mãos em seu ombro.
-Diego...
O rapaz a acalma com um “psiu” quase inaudível.
-Vou devagar...
O coração dela palpita com a frase e delira ao
observá-lo. Já o tinha há tempos dentro do coração, mas quando o tinha também
no corpo, sentindo o quanto ele desejava estar ali, era como se tudo estivesse
completo.
Ele vem como havia prometido, bem devagar, fazendo
o delírio dela aumentar. Roberta segura o travesseiro, prendendo a respiração e
travando os olhos até que ele se junta completamente e vem beijar sua boca.
Beijo molhado, intenso, seguido de mordidas... Um
roçar excitande, um ir e vir lento e constante onde as pernas não encontram
lugar.
A chuva cada vez mais forte presencia tudo do outro
lado da janela. Sua braveza de trovões e raios e pesada água não se acalma e a
escuridão do quarto são as pálidas testemunhas.
Ele se movimenta apertando o lençol com força,
evitando fazer isso com ela e machucá-la. Diz e ouve coisas ao ouvido. Coisas
secretas de amor, de cobiça... Uma provocação gostosa e inquietante.
A umidade da pele já é visível e o coração já se
faz tambor há muito tempo. As pernas cruzam-se na cintura dele e se esquecem
ambos de como é que se respira. Os minutos passam e passam com eles colados...
Diego ao final entrelaça as mãos nas de Roberta já
com o rosto suado sobre o dela e lança olhadas fixas. O ritmo e a força se
descontrolam e ele não sente nessidade de abafar os sons dela que tanto gosta
de ouvir. Permite que se contorça e lhe arranhe os braços e as costas.
Estão presos, um sentindo a pulsação dentro do
outro por segundos eternos. Os espasmos os levam a quase se esquecerem de onde
estão, do que são ou o que tudo aquilo significa.
O prazer por prazer acaba, o prazer pelo amor
perdura até os confins da terra. Seja lá como for que as pessoas interpretem e
queiram achar de frases desse tipo, é mais que verdade que a experiência é inexplicavél,
enlouquecedora e sobrenatural...
Exausto, ele vem no abraço dela. Vê que Roberta
está amolecida e que cada sentido dela, como o seu, se aflorou de tal maneira
que demoram alguns minutos para se recuperar.
Ao sair dela, Diego fica ao seu lado tendo-a sobre
o peito. Os dois se olham com carinho e ele afasta uma mexa do cabelo dela do
rosto.
-Tá frio amor... –Roberta levanta um bico em sua direção.
-Frio? Espera...
Ele puxa o edredom e ela se cobre com o lençol até
que ele vem com um sorriso e a cobre.
-Obrigada, lindo... –Roberta se volta manhosa e lhe dá um
beijo.
Diego entra debaixo do edredom e suspira quando ela
o abraça novamente. Está tão entregue, tão dele... Passa as mãos nos cabelos
dela e recebe um beijo no pescoço um pouco mais demorado e terno.
-Diego...
-Hm?
-Acho que agora eu gosto desse abajur...
Ele ri.
-E eu gosto ainda mais...
Diego ao dizer isso lhe dá um beijo sobre a testa e
outro perto dos olhos. Abraça suas costas debaixo do edredom e a sente se
aconchegar mais.
Eles vão fazendo um carinho suave... Vão
aproveitando o que não querem que acabe... Vão ficando acordados para sentir
ainda a sensação da passagem do outro no corpo... Tudo que ainda está
impregnado no cheiro do outro na pele, o gosto na boca, o corpo inteiro e de
tudo que aconteceu...
Vão sonhando acordados um pouco mais até que
adormecem para sonhar de verdade.
A chuva também cansada de brigar com a noite,
cessa. Tudo que parece forte desaba quando deve.
O dia amanhece calmo e as fitas do sol já cobrem o
molhado da noite pela cidade. O quarto está a maior bagunça e a claridade entra
pelo vidro acordando Roberta que boceja e se espreguiça procurando por Diego.
Sorri ao vê-lo ao seu lado, cabeça enfiada no
travesseiro, com as mãos por baixo dele a respirar com força.
Se levanta quieta e vai até o banheiro, quando
volta, procura um pijama no guarda-roupa e veste para voltar a deitar. Ainda é
muito cedo e também domingo... Poderiam ficar na cama até tarde que não teria
mal algum.
Ela entra novamente debaixo do edredom e se
cobre chiando do frio da manhã. Fica a reparar o rosto de Diego todo amassado
no travesseiro. Fica rindo da imagem dele largada e imaginando como seria de
agora em diante poder ver isso todos os dias.
De leve ela leva o indicador até a orelha dele.
-Hm? –Diego acorda e Roberta fecha os olhos rapidamente,
fingindo dormir.
Ele mal percebe o que acontece e dorme de novo.
Roberta morde a boca com um jeito de quem quer
aprontar. Volta a levar o indicador na orelha dele na entrada do ouvido. O
rapaz ergue a cabeça e sacode.
-Que tá havendo?...
Os olhos pesados o levam até Roberta. A menina
finge bem um sono que não tem, mas ele, mesmo meio sonolento, sempre era capaz
de perceber algo de errado com ela.
-Hm... –Ele se aproxima sorrindo. –Então tem gente que
não quer que eu durma?
Ela acaba não aguentando e ainda de olhos fechados
não segura também um sorriso.
-Então ninguém vai dormir!
E ele começa um ataque de cócegas na cintura dela,
fazendo-a gargalhar enquanto sente lhe morderem o pescoço.
-Ai, tá bom, parou! Parou!
-Você vai me acordar todos os dias assim, é?
-Ah, posso bater panela se você quiser... –Roberta ri
ainda presa nas mãos dele.
Um jeito de estudar um ao outro alguns segundos
sempre é especialidade deles.
-Uma nova vida começa hoje...
-É...
-O que você espera senhorita? –Diego brinca deitando ao
lado dela.
-Eu espero... –Ela faz ora. –Espero muitas e muitas
manhãs como essa...
-Eu não.
-Não?
Ele balança a cabeça de um lado e outro negando.
Logo passa a mão pelo rosto de Roberta e conclui:
-Eu espero manhãs, tardes, noites, reveillons, natais,
páscoas... Dias, semanas, meses e anos pra viver com você...
posta mais é muito lindo esses capitulos :)
ResponderExcluirUauuuu sem palavras... =*)
ResponderExcluirAMEIII SEM PALAVRAS PARA DESCREVER COMO Q EH PERFEITO!!
ResponderExcluirAinda morro com esses capítulos....Aline cada dia escreve melhor!!!
ResponderExcluirDarly
Que Lindo Aline, Amei!!!
ResponderExcluirLindoooooo
ResponderExcluirAmeeeei
Posta ++++++++++++++++++++++++++
que coisa mais linda,amei
ResponderExcluirposta mais Aline
Oi gente, to passando p agradecer q estejam acompanhando a segunda fase, comentando e tudo e dizer q sem vcs p aqui a história não seria nada.
ResponderExcluirAh, p as pessoas q estão lendo esperando q a Roberta fique grávida, se for só p isso podem ir p outra história pq nessa não vai rolar de jeito nenhum, ok. Muito obrigada amores, beijão!
amei amei amei ta perfeito posta logooo o proximo anciosaaa
ResponderExcluirAline .. posta os contos, faz um tempão que você não posta .
ResponderExcluir- Millena
vai posta aline
ResponderExcluireu amo sua web de paixao...... quem tiver twitter segue ai : https://twitter. bjus.
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