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Cap 20- Em suas mãos

 Todos arrumam suas coisas para um dia de muitas aventuras. Roberta ainda confusa, resolve dar um tempo nas perguntas que tem dentro de si para colocar as ideias em ordem, decidindo deixar esse delicado assunto para quando ela e Diego estejam sozinhos. É hora de aproveitar o sol, a montanha, as águas e o verde lindo daquela região que poderia esconder muita coisa.
 A cada passo na subida pela pedra o entusiasmo de alguns aumentavam e o vontade de desistir de outros também.
-Ah não, eu desisto! -Alice senta em uma pedra e joga a mochila no chão.
-Falta pouco amor! -Pedro tenta convencê-la. -Vem, eu te ajudo!
-Eu também tô morto. -Tomás desaba.
-Aqui Pedro, tem mais alguém precisando de carinho!
-Ah, ha, ha! Muito engraçado você Diego!
 Os rebeldes zoam e se divertem até a chegada na pedra.
-Pronta?
-Sempre!
Roberta e Diego são os primeiros a descer.
-Tudo bem? -Diego observa Roberta diferente.
-Não, tudo, essa corda tá dura!
-Espera, deixa eu ver...
Diego examina a corda e logo eles continuam descendo. Ao momento tudo está divertido. Eles riem ao passo que a adrenalina agita o sangue nas veias. Eles se balançam na pequena altura já próxima ao chão. Pedro observa de cima e dá suporte aos amigos.
 A alegria e o cansaço do corpo são tomados sem mais nem menos por um inesperado grito.
 Diego desce rapidamente, a preocupação o faz esquecer de sua própria segurança e não poupa tempo para chegar ao chão onde estava a namorada.
 A corda realmente não estava normal, algo de errado ocorreu durante o rapel e um acidente desesperador estava ali, bem diante dos seus olhos.
-Roberta!! -Diego chega junto a seu rosto, sem fôlego.
-Tô bem... Ai!
-O que foi? Onde dói?
-Meu pé, acho que torci. -Roberta se senta e tem uma expressão de dor.
-Consegue mexer?
-Hã rã...
-Então não quebrou. Deve ser só uma torção mesmo.
 De cima os amigos percebem a situação.
-O que aconteceu? Tudo bem? -Alice fica aflita.
-Ela torceu o pé, vou levar ela pro acampamento! -Diego avisa.
-Quer ajuda?
-Valeu Pedro, mas eu levo ela. Além do mais não dá pra esperar vocês. A gente vai indo.
 Roberta tenta se levantar e Diego a segura. Ela leva os braços e se firma nele.
 Segura pela cintura e tendo os braços envoltos no pescoço do namorado, ela desce lentamente até o acampamento. A cada passo sente aumentar o incômodo no pé que nem toca o chão.
 Ao chegar, Diego a coloca na grama e ajeita sua perna.
-O que você vai fazer?
-Calma. -Diego a tranquiliza. -Eu já torci o pé uma vez.
-Ai! -Roberta tenta levar a mão quando Diego tira seu tênis.
 Ele vai devagar. É lento ao desamarrar o cadarço. Tocando devagar ele vai deixando Roberta mais tranquila na medida do possível.
-O que é isso? -Ela fica atenta.
-Quite de primeiros socorros.
 Diego não se altera, procura passar a ela serenidade. Cuida com carinho. Tem um dos joelhos no chão e passa algo em seu pé que começa a diminuir a dor. Ela o observa, e entre essa dor e o encanto de estar aos cuidados dele, ela às vezes se pega longe. Logo ele leva uma faixa e dá fim ao procedimento.
-Pronto.
-Nossa, que sério! -Roberta fala surpresa e satisfeita.
-Não vai doer tanto agora. Até a gente chegar ao médico isso vai ajudar.
-Tá melhor...
-Eu vou ali tentar conseguir sinal pra ligar pra sua mãe.
 Roberta o impede.
-Diego...
-Oi.
-A gente pode conversar agora?

 Diego para um instante. Algo ainda estava confuso na mente de Roberta, e algo que só ele seria capaz de esclarecer. Porém em outro lugar neste mesmo momento outra pessoa também experimentava a sensação de não saber o que acontece.
 O professor olha para os lados e realmente não compreende nada.
-Ué Vicente? Você não tava acampando?
-Quê? -Vicente leva aos mãos a cabeça como se estivesse de ressaca.
 Marcelo se aproxima sem compreender.
-Você dormiu no sofá, é?
-Não! Não sei! Na verdade eu não faço ideia do que aconteceu... Eu tava no acampamento e agora to aqui?
-Será que você foi o primeiro atingido? -Marcelo diz sério.
-Hã?
-É, se eles invadiram a terra, você pode ter sido o primeiro! Você vai ficar famoso Vicente!
-Marcelo!... Do que você tá falando?
-Dos E.Ts! Pelo que está dizendo isso foi uma teletransportação com certeza!
 Vicente não liga para a brincadeira. Os pensamentos estão desorganizados. Não existem lembranças do que poderia ter ocorrido. Não sabia como havia parado ali na sala do loft.
-Eu vou voltar pro acampamento. Eu tenho que ver como os meninos estão. Se aconteceu alguma coisa sei lá...
-Calma, eu vou com você!
-Você?
-Porque não? Fui chefe dos escoteiros se você quer saber!
 Vicente faz uma cara de impaciência.
-Tá bom, não fui chefe, mas fui um ótimo escoteiro.
-Tá, tá, tá... Vamos logo então! Eu não tô bem pra ir sozinho mesmo. Fazer o que, não to podendo dispensar nem você...
-Poxa Vicente, isso me magoa... -Marcelo percebe que não dá pra brincar e volta à terra. -Ok, então, vamos?


 Voltando ao acampamento, Diego sentado de frente para Roberta fica deslizando as mãos em seu joelho, ainda preocupado.
-A gente não pode perder tempo Roberta, seu pé vai inchar.
-Eu, sei mas antes eu preciso saber de uma coisa... -Ela não sabe como perguntar. -Ontem à noite... Bom, o que exatamente aconteceu ontem à noite?
-Muitas coisas aconteceram ontem à noite...
-Entre nós dois? -Ela vai rodeando o assunto e Diego percebe.
-Roberta, o que você quer me perguntar?
-Tá, eu não sei o que rolou ontem!
 Diego ri.
-Ei, não tem graça... -Ela faz bico e olha por cima.
-Ah, tem sim... -Diego dá um beijo em Roberta e explica: -Não aconteceu o que você tá achando...
-Hã... -Ela começa um sorriso. -Então me conta!
-Estávamos na fogueira, e você caiu no sono. Todo mundo foi dormir e eu fiquei mais um pouco com você, queria te ter nas minhas mãos mais um pouco.
-E depois?
-O frio aumentou, eu te peguei no colo e te levei pra barraca. Fiquei com pena de te acordar. -Diego a segura pela mão. -Fiquei lá com você... Fiz carinho... -Ele toca o rosto dela que sorri. -Te cobri e fiquei te olhando, te beijando de leve e você me abraçou meio sonolenta... Logo eu dormi também...
-Hum...-Roberta não se aguenta e o beija, mas conforme vão se beijando se esquecem da torção que ainda expirava cuidados.
-Eu tenho que fazer a ligação. -Diego para o beijo lambendo os lábios. -Você fica bem sozinha?
 Roberta faz sinal positivo. Ainda tem os olhos brilhantes.
-Ok, cinco minutos e eu já volto, tá?
 Mais um beijo antes de sair e os esclarecimentos haviam sido feitos. Agora era aguentar mais um pouco a dor chatinha que persistia. Mas as palavras dele eram como uma anestesia que lhe chegava ao corpo como motivo para se lembrar somente das doces sensações que tê-lo lhe proporcionava. O sentimento por ele aumentava e persistia dentro dela. O que fazia com que tivesse o desejo de ser totalmente dele, ainda mais que antes.

Vicente e Marcelo chegam ao acampamento minutos depois.
-Mas o que aconteceu?
-Vicente? -Carla o recebe tensa. -Mas você não mandou mensagem dizendo que não voltaria?
-O quê? Mas eu não mandei mensagem nenhuma!


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Comentários

  1. É eu nem tenho comentado as ultimas né? Também tenho andado numa correria louca aqui por causa dos testes, só passo leio e esqueço até de comentar.
    Mas SEMPRE leio e está cada vez mais lindaaaaaaaaaaa =).

    (LuArFever)

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  2. Vc vai posta o resto quando?? Ansiosa pra ver o resto dessa conversa! haha.. AAAh não pare de escrever, vc escreve super bem, viciei na sua web! ;)

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  3. por favor aline posta logo o resto! nao mata agente de ansiedade!

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  4. parabéns aline vc escreve muito bem, continue sempre sempre assim mas por favor posta logo o resto!

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  5. Tá aí meus amores! Daqui a pouco ou amanhã eu posto o 21 tá? bjuuuusss... =]

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  6. Aline parabéns vc escreve muuuuuuito bem...termina de escrever não nos mate de curiosidade, por favor! beijuuuus

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  7. é mesmo parabens vc tem um grande futuro como escritora continue sempre assim!

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  8. por favor aline publica logo o 21

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  9. Obrigada gente!! O 21 já tá postado! Aviso q tem suspense e aventura chegando! Espero q gostem

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  10. amo o seu blog , na boa o melhor blog dos rebeldes ! <3

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